Esportes Titulo
‘Trio mineiro’ do Azulão dá receita para surpreender o Atlético
Por Anderson Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
16/06/2005 | 08:21
Compartilhar notícia


O São Caetano confia em seu trio mineiro para conquistar a primeira vitória fora do Anacleto Campanella no Brasileiro. O volante Zé Luís, o lateral-direito Alessandro e o atacante Márcio Mixirica defenderam juntos o Atlético-MG no ano passado, o rival deste sábado pelo Nacional, em Belo Horizonte. E o plano no Mineirão já foi definido: “comer pelas beiradas”, deixando a pressão do resultado para o adversário, atualmente na zona de rebaixamento (20º na tabela, com apenas cinco pontos).

A partida entre as duas equipes realizada no ano passado ainda está na memória dos três jogadores do Azulão. Na época, o Galo recebeu o São Caetano pela última rodada do Brasileirão precisando desesperadamente dos três pontos em casa. Qualquer outro resultado rebaixaria o clube mineiro para a Segunda Divisão.

“Me lembro bem. Foi uma situação horrível. Dos 23 jogos fora do Mineirão, ganhamos apenas dois. A pressão foi enorme tanto da torcida quanto da diretoria, que afastava jogadores a cada rodada. Mas a vitória por 3 a 0 sobre o São Caetano nos livrou do pior”, recorda Alessandro, hoje do outro lado.

A temporada não começou bem para o Galo. Comandado por Tite, ex-técnico do Azulão, o time foi eliminado da Copa do Brasil pelo modesto Ceará e não embalou no Nacional. Os cinco pontos foram somados com uma vitória e dois empates. Foram quatro derrotas. Mas, na opinião de Márcio Mixirica, o Galo não está morto. “A situação deles é enganadora. O Atlético-MG tem bons jogadores e a torcida empurra o time para cima. Precisamos ter cautela no Mineirão”, explica.

Mixirica não sabe quem será seu companheiro de ataque em Belo Horizonte. Dimba ainda sente uma lesão e não treinou esta semana. Se não tiver condições, Edu Sales, que marcou o segundo gol da vitória sobre o Brasiliense (2 a 0), entra ao seu lado. Independentemente disso, ele espera ter um bom reencontro com os torcedores mineiros. “Tive uma boa passagem por lá, fiz muitos amigos. Quando marcava gols, a torcida jogava cascas de mexericas no gramado como forma de comemoração. Mas espero ajudar o São Caetano na busca da primeira vitória longe de casa”, completou.

Zé Luís também conhece bem o adversário deste sábado. Acha que um resultado fora “está mais do que na hora” e dá a receita mineira para cozinhar o Galo. “O momento deles não é bom. A torcida é exigente e, se a equipe não corresponde, vira contra o time. Temos de jogar com inteligência e tirar proveito desse desespero”, disse o volante, que ficou um ano no Atlético-MG.

O discurso dos três jogadores do Azulão, assim como o da comissão técnica, é o mesmo: vencer dentro do Anacleto Campanella não é o suficiente para se classificar entre os quatro e garantir uma vaga na Libertadores da América de 2006. “Vencer em casa no Brasileiro não adianta nada. Você precisa trazer pelo menos um ponto fora”, afirma Zé Luís.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;