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Peço seu voto

Alguém poderia dizer que trata-se de pretensão minha...

Por Carlos Ferrari
03/10/2012 | 00:00
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Alguém poderia dizer que trata-se de pretensão minha. Tenho que reconhecer que eu próprio, diante da ideia, me senti um tanto quanto desencorajado, dado o tamanho de tal desafio. Mas tenho que lhes dizer, diante da paixão que sinto, e do muito o que tenho ouvido, não poderia eu deixar de escrever algo em nome dela. 
Aliás, melhor seria deixar que ela mesma pudesse se utilizar desTe espaço tão legítimo, e mais do que isso, concebido com base em seus ideais.

Imagino que nossa homenageada começaria falando um pouco sobre sua estada aqui pelo Brasil. "Foram conturbados e raros os momentos que pude dar as caras por essas terras. Elites oligárquicas, em alguns momentos, e em outras tantas pessoas e pequenos grupos convictos de serem detentores do poder, fizeram com que em boa parte da história dessa ‘Pátria mãe', eu estivesse apenas na condição de coadjuvante. Foi graças à luta de seu povo, trabalhadores, intelectuais, pastorais religiosas, movimentos de ‘minorias' que pude, de fato, voltar com forças renovadas lá pelo meio da década de 1980. Nos braços da luta pelas ‘Diretas Já', embalada pelos gritos e cantos por liberdade, pude voltar ao País, com a expectativa de, daquela vez, ficar para sempre.

Infelizmente, sete anos depois, sofri uma grande dor. Justamente o primeiro presidente eleito, já com minha presença plena e reconhecida pelo povo, não soube honrar e valorizar tal momento histórico. Com lágrimas nos olhos e ainda com a ferida aberta, vi os parlamentares brasileiros, recorrendo de um de meus remédios mais amargos. Veio o impeachment, porém eu tinha a certeza de que dessa vez não precisaria ter medo de ser expulsa novamente por algum golpe de última hora.

O povo mais uma vez foi às ruas. Estavam lá, jovens de caras pintadas, novamente os trabalhadores, e agora muitos novos movimentos sociais organizados.

Pouco mais de 20 anos depois, mais uma vez me preparo para minha festa preferida. Domingo é o grande dia. Novamente com a certeza de que estamos avançando quero pedir seu voto. Um voto qualificado, com esperança, um voto que leve em conta a luta de tantos que sofreram, choraram, e até morreram para que esse se tornasse um direito seu. Espero também que esse seja um voto que considere o futuro, de seus familiares, filhos, sobrinhos, amigos e netos. 

Não dá mais para votar por votar, ou mesmo dizer que só se vai até as urnas por obrigação. Desconsiderar a história é desconsiderar os próprios direitos. Peço seu voto, meu nome apesar de grego todo mundo já sabe bem qual é e qual o significado. Isso mesmo me chamo democracia, (povo no poder), e meu número? É aquele de sempre, você já sabe, é só teclar aquele que falar mais alto em sua consciência".




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