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Controvérsia sobre os líderes khmers vermelho atinge a Tailândia
Do Diário do Grande ABC
02/01/1999 | 13:12
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A Tailândia acabou envolvida na polêmica que cerca dois líderes da guerrilha do Khmer Vermelho, atuais aliados de Phnom Penh, depois da acusaçao explícita do governo cambojano de que ambos residieram em território tailandês antes de serem expulsos na semana passada.

A Tailândia desmentiu neste sábado, como nas ocasioes anteriores, a presença dos representantes do regime de Pol Pot em seu território, em particular de Khieu Samphan e Nuon Chea, os dois que atualmente estao livres no Camboja. "Já explicamos nossa posiçao em várias ocasioes. O Camboja já nos acusou disso e já rejeitamos essas acusaçoes", declarou o porta-voz do ministério tailandês das Relaçoes Exteriores, Kobsak Chutikul.

Kobsak admitiu, no entanto, que no passado muitos grupos eram aliados dos khmers vermelhos, e que estes grupos, na ocasiao, argumentavam com legitimidade que travavam uma guerra de libertaçao nacional, em alusao ao movimento de resistência ao qual pertenciam os khmers vermelhos, que combateram o regime pró-vietnamita de Phnom Penh entre 1979 e 1989 com o apoio de vários países, entre eles a Tailândia. "Mas tudo isso faz parte do passado", acrescentou.

As pressoes internacionais aumentaram sobre o primeiro-ministro cambojano depois que sua decisao de deixar Khieu Samphan e Nuon Chea em liberdade em nome da "reconciliaçao nacional", apesar dos crimes cometidos sob a ditadura de Pol Pot (cerca de dois milhoes de mortos entre 1975 e 1979). Diante dessas críticas, Hun Sen se defendeu acusando a Tailândia de complacência em relaçao aos chefes da guerrilha. "Nao dei qualquer garantia a ninguém de se vá conseguir fugir da justiça", alegou Hus Sen em um comunicado. Esta é a primeira vez que a Tailândia é acusada de forma tao explícita pelo governo cambojano.




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