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Coalizão internacional no Iraque se desarticula
Da AFP
18/03/2005 | 11:43
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Dois anos depois da invasão anglo-americana que derrubou o regime de Saddam Hussein no Iraque, a coalizão internacional de 30 países está se desarticulando com a retirada antecipada de seis contingentes e o fim da missão de outros sete. Espanha, República Dominicana, Honduras, Nicarágua e Filipinas abandonaram o Iraque antes do fim de sua missão e a Ucrânia está executando a sua retirada.

Cingapura, Tailândia, Nova Zelândia, Hungria e Moldávia retirarão suas tropas ao final do mandato, como estava previsto, e a Holanda está em pleno processo de recuo. Portugal concluiu a missão de suas tropas três meses antes da data prevista.

O primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi, anunciou no dia 15 de março a retirada progressiva do contingente italiano de 3 mil militares, a partir de setembro, mas um dia depois se retratou e explicou que seu "desejo" deveria ser combinado com os aliados.

No dia 5 de abril de 2004, os 31 soldados de Cingapura mobilizados em uma missão de dois meses para o transporte de material e ajuda humanitária foram repatriados.

No dia 18 de abril de 2004, dois dias depois de sua posse, o novo presidente do Governo espanhol, o socialista José Luis Rodríguez Zapatero, ordenou a retirada dos 1.432 militares espanhóis mobilizados no Iraque, que foi concluída em 21 de maio.

O presidente hondurenho, Ricardo Maduro, anunciou no dia 19 de abril de 2004 a retirada de 369 militares da Honduras que estavam no Iraque desde agosto do ano anterior sob o comando espanhol. A República Dominicana também decidiu no dia 20 de abril a favor da retirada prematura de seu contingente de 300 homens. A Nicarágua, que em setembro de 2003 enviou 115 militares para tarefas humanitárias, os repatriou em fevereiro de 2004 por falta de um financiamento estrangeiro.

Em julho do ano passado, as Filipinas, apesar das críticas dos Estados Unidos, retiraram seu pequeno contingente de 50 homens um mês antes do previsto. A Tailândia, de acordo com o estipulado, retirou seus 450 soldados do Iraque e a Nova Zelândia fez o mesmo com seu contingente de 60 homens.

Os 300 soldados da Hungria abandonaram o país árabe antes do final do ano passado, apesar do contrato expirar em 31 de dezembro. No dia 10 de fevereiro, 12 oficiais moldavos retornaram a seu país depois de uma missão de seis meses.

A Holanda começou a retirar alguns de seus 1,4 mil soldados posicionados na província de Al-Muthanna (sul), sob o comando britânico, no dia 14 de março. O novo presidente ucraniano, Viktor Yushchenko, anunciou no início do mês a retirada progressiva de seus 1.650 soldados. A Polônia, aliada de Washington, iniciou a retirada com uma redução de seu contingente de 2,4 mil para 1,7 mil homens.




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