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PT e PTB perdem parlamentares no Grande ABC
Arthur Lopez e Teresa Pimenta
Do Diário do Grande ABC
08/10/2005 | 08:32
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Os partidos envolvidos em denúncias de corrupção e de caixa 2 foram os que mais perderam parlamentares no Grande ABC no troca-troca partidário até o dia 30 de setembro, prazo permitido para mudança de legenda pela legislação eleitoral. Pelos menos nas câmaras municipais, o PT e o PTB perderam, cada um, dois vereadores e o PL um. As siglas que mais cresceram foram o PSB e o P-Sol, com dois cada uma. Embora o troca-troca tenha sido intenso principalmente na semana passada, o aumento ou diminuição das siglas ficou abaixo do previsto.

De olho nas eleições do ano que vem, alguns vereadores procuraram manter distância das legendas que devem ser as mais criticadas na próxima campanha. Entre os deputados que partem para a reeleição em 2006, o PT perdeu em Brasília o titular Ivan Valente, que foi para o P-Sol, e o suplente Wagner Rubinelli, agora no PPS. Na Assembléia Legislativa, Pastor Bittencourt deixou o PTB e se filiou ao PDT.

Mesmo com as mudanças, a bancada petista segue como a mais numerosa na soma dos sete legislativos da região, com 28 vereadores. Tampouco houve alteração no segundo lugar, com 16 tucanos. O destaque é o PSB, que em Mauá agora empata em número de cadeiras com o PT, com quatro parlamentares cada. O quadro geral ainda pode ser alterado até o final do ano, no entanto, somente por aqueles que não serão candidatos no ano que vem.

Entre os partidos com pouca representação, o mais prejudicado com o troca-troca foi o PRP, que perdeu seu único vereador, em Ribeirão Pires. Já quatro legendas passaram a figurar com parlamentares nas Câmaras. Além do P-Sol, que lucrou com a debandada petista e arregimentou Horácio Neto, em São Caetano, e Edson Savietto, o Banha, em Ribeirão Pires, também o PP, PSC e PHS passaram a contar com vereadores, um cada um, nos legislativos. Só o vereador José Nelson (ex-PL), de Ribeirão, está, por enquanto, sem partido.

Conselho político – O PDT da região se fortaleceu na Assembléia Legislativa, com a filiação de José Bittencourt, ex-PTB, que é agora colega de bancada de José Dilson. Segundo Bittencourt, pesaram na escolha as denúncias de corrupção que envolvem o ex-partido. "Tive orientação de meu conselho político para migrar para o PDT, uma legenda que ideologicamente se enquadra nos meus ideais e não está no foco de nenhum denúncia", disse.

Bittencourt garantiu que a convivência com Dilson, a quem chamou de amigo, será das melhores. "Não importa se tem dois ou 10 integrantes na bancada; sou deputado do PDT de Santo André", afirmou. Das nove cadeiras da região na Assembléia, o PT manteve quatro; PDT ficou com duas; PPS, PV e PL, têm uma cada. Já o PTB perdeu seu único representante.




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