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Israel destrói casa de palestina suicida em Jenin
Por Da AFP
05/10/2003 | 10:40
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O exército de Israel destruiu neste domingo duas casas na região de Jenin, na Cisjordânia, em resposta ao atentado suicida de sábado um restaurante de Haifa, que provocou 19 mortes. Também em retaliação ao atentado, os militares lançaram ataques aéreos na Faixa de Gaza.

Antes do amanhecer, cerca de 30 blindados israelenses entraram em Jenin e seguiram em direção à região leste da cidade, onde ficava a casa de Hanadi Tayssir Jaradat, a advogada palestina de 29 anos que cometeu o atentado assumido pela Jihad Islâmica.

As ruas estavam vazias, já que a cidade estava sob o toque de recolher desde a véspera. A casa de um andar, onde moravam outras oito pessoas, foi dinamitada pelos militares. Depois, os soldados revistaram casa por casa no bairro a procura de ativistas, informaram as mesmas fontes palestinas.

Poucas horas depois, os soldados destruíram a casa de um chefe local do braço armado da Jihad Islâmica, Amjad Obeidji, na localidade de Sbuba, a oeste de Jenin, também de acordo com fontes palestinas.

Em outra operação de retaliação, Israel lançou dois ataques aéreos na Faixa de Gaza na madrugada de domingo. As ofensivas, que tiveram menos de meia hora de intervalo, aconteceram oito horas depois do atentado, mas não causaram vítimas.

Helicópteros de combate realizaram o primeiro ataque na cidade de Gaza, segundo fontes dos serviços de segurança palestinos. O alvo era a casa de um integrante do movimento radical islâmico Hamas, que estava vazia no momento do ataque. Várias janelas de residências próximas quebraram e algumas pessoas foram atingidas pelos estilhaços.

Um pouco mais tarde, os helicópteros efetuaram um segundo ataque ao campo de refugiados de Al Bureij (centro). Dois mísseis foram disparados e algumas explosões foram ouvidas na cidade. Logo depois, o campo ficou sem luz, acrescentaram as fontes palestinas, sem falar em feridos.

De acordo com alguns moradores locais, o objetivo deste ataque era a casa de um ativista de outro grupo radical, a Jihad Islâmica, que também estava vazia no momento das explosões. A rádio pública israelense informou que o alvo era um depósito de armas e explosivos.

Além da ofensiva, o exército de Israel proibiu a circulação dos palestinos este domingo pela principal estrada da Faixa de Gaza.

O atentado de sábado causou 19 mortes, incluindo cinco crianças, além de sua autora, e deixou 50 pessoas feridas em um movimentado restaurante da cidade portuária de Haifa (60 km ao norte de Tel Aviv).




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