O embaixador Luiz Felipe de Seixas Corrêa, chefe da missão do Brasil na OMC (Organização Mundial do Comércio), afirmou na sexta-feira que as nações mais ricas já controlam a organização, pois comandam o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Bird (Banco Mundial). Portanto, a direção-geral do organismo deve ser ocupada por um país em desenvolvimento.

Candidato ao cargo e em plena campanha, Corrêa fez essa declaração a ministros do Comércio do Caricom, o bloco dos países do Caribe, em Georgetown, na Guiana.

O embaixador, entretanto, não é o único representante do mundo em desenvolvimento no páreo.

Na mesma América do Sul, o uruguaio Carlos Pérez del Castillo foi lançado bem antes e conseguiu o apoio da maior parte dos países da região. Tanto que nem Argentina nem Chile pretendem voltar atrás e votar em Corrêa.

Concorrência – Outro concorrente é Jaya Cuttaree, das Ilhas Maurício. Porém, o mais temido competidor – e principal alvo dessas declarações de Corrêa – é o francês Pascal Lamy, ex-comissário de Comércio da UE (União Européia).

Como forma de convencer os “eleitores” do Caribe, Corrêa insiste em que o Brasil tem sido “sensível às preocupações” da região na OMC e, quando as negociações chegarem à fase decisiva, será imperativo “maximizar as convergências”.

“Precisamos estar juntos para enfrentar os grandes desafios que vierem adiante”, diz Corrêa.