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Grupo matava por prazer; um está foragido
Por Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
23/08/2005 | 08:00
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A Polícia Civil de Santo André investiga a participação de três amigos do Jardim Cristiane em três assassinatos ocorridos na cidade desde junho do ano passado. Segundo a polícia, eles podem ter cometido mais homicídios na região. De acordo com investigações, o que diferencia o grupo é o prazer que eles teriam em realizar os crimes sem, necessariamente, receber dinheiro ou qualquer outro benefício em troca.

Dois deles já estão presos, acusados de participarem do assassinato da professora Keila Meira da Silva, 22 anos, em 3 de agosto, na Vila Curuçá: Fábio Moraes, 21, e Wesley Molinário Guedes, 19. O ex-marido dela também foi detido, acusado de ter contratado a dupla. Mesmo sem ser pago o valor acordado, R$ 1 mil, o crime foi cometido.

O terceiro amigo, Douglas William Goulart da Silva, 20, é suspeito de participar dos três crimes. Ele está foragido e com pedido de prisão decretada pela juíza Flávia Beatriz Gonçalez da Silva.

Após a prisão de Moraes e Guedes, com a publicação da foto deles no Diário, testemunhas apontaram que o grupo participou do assassinato do estudante Leon Henrique Pereira, 16 anos, em 15 de junho de 2004 no Jardim Cristiane.

O adolescente foi morto com um tiro na cabeça na porta da casa onde morava. Os assassinos estavam em uma moto, usando os capacetes levantados na cabeça. Após ver a foto de Moraes, uma testemunha o acusa de ter atirado. O outro participante seria o foragido.

O motivo para o crime foi banal: Moraes teria ouvido que a vítima queria roubar sua moto. Depois que recebeu essa informação por meio de uma garota, resolver praticar o crime.

Segundo o Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) de Santo André, o irmão de Pereira, Bruno Henrique Pereira, 20 anos, depois que soube que Moraes foi preso, forçou a própria prisão para vingar o irmão na cadeia. Bruno Pereira foi detido por porte de arma. Carcereiros da Cadeia Pública de Santo André tiveram de mudar Moraes e Bruno Pereira de cela para evitar um possível assassinato.

O terceiro crime que houve reconhecimento foi o do empresário libanês Ahmad Dahrouge, 53 anos, no Jardim Teles de Menezes, depois que ele sacou R$ 8 mil de um banco. Proprietário de uma empresa de alimentação, Dahrouge foi morto com quatro tiros em frente à empresa. Teriam participado do crime Guedes e Silva. O dinheiro foi pego. Além da hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte), a polícia trabalha com a suspeita de suposta desavença. "Foi roubo seguido de morte. Meu irmão era uma pessoa maravilhosa, todo mundo gostava dele, família e funcionários", fez questão de ressaltar a irmã da vítima, Mari Dahrouge.




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