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Vítimas de tsunamis processam autoridades americanas
Por Da AFP
05/03/2005 | 16:53
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Vítimas do maremoto na Ásia apresentaram um processo na Justiça de Nova York, na tarde desta sexta-feira, contra as autoridades americanas e tailandesas e o grupo hoteleiro Accor para que expliquem seu comportamento frente à catástrofe. A informação só foi divulgada neste sábado pelos advogados.

"Mais de 60 denúncias de Áustria, Alemanha, Holanda, Suíça e França pedem à Administração Oceânica e Atmosférica Americana (NOAA – sigla em inglês), em Washington, e ao Centro de Alerta de Maremotos do Pacífico, no Havaí, que esclareçam seu comportamento", diz o comunicado.

Os dois organismos são suspeitos de não terem alertado os países litorâneos do Oceano Índico sobre o tremor de 26 de dezembro, do qual tomaram conhecimento momentos antes, porque estes países não ficam às margens do Pacífico.

A Tailândia é condenada por ter demorado em dar a informação sobre o terremoto e o maremoto. Se o alerta tivesse sido dado imediatamente à população, isto teria permitido a milhares de turistas e moradores se salvar, segundo os advogados.

O grupo hoteleiro francês Accor, através de suas filiais nos Estados Unidos, é acusado de ter informado mal os parentes das vítimas depois da catástrofe, de não ter repatriado alguns corpos e ter construído, com conhecimento, o hotel Sofitel Khao Lak Beach, em Phuket, Tailândia, sobre uma área onde as placas tectônicas colidem.

O advogado americano Ed Fagan esteve nesta sexta-feira no tribunal do distrito sul de Nova York para pedir a "preservação de documentos", como fotos de satélite e comunicações entre a NOAA, a Tailândia e a Indonésia, informou o advogado austríaco Herwig Hasslacher.

O tribunal deverá marcar uma audiência nos 30 dias seguintes e poderá ouvir depoimentos dos sobreviventes do maremoto.




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