Palavra do Leitor Titulo
A triste realidade de Mauá

Indignação: essa é a palavra que expressa o meu sentimento e o de milhares de pessoas...

Dgabc
29/04/2012 | 00:00
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Artigo

Indignação: essa é a palavra que expressa o meu sentimento e o de milhares de pessoas que estiveram nas recém-inauguradas UPAs da Vila Assis, Vila Magini e Jardim Zaíra, em Mauá. Os prédios estão lá, mas os médicos não. Em minha agenda de fiscalização e controle visitei as três novas UPAs e, ao chegar na UPA da Vila Assis, constatei pessoas que esperavam por atendimento médico há cinco horas! Tal situação se deu por falta de médicos. Apenas um clínico geral e um pediatra atendiam na unidade - número absurdamente inferior ao necessário para o atendimento digno à população. Desesperado, um senhor desistiu de esperar por uma consulta depois de três horas e saiu sem rumo à procura de ajuda. Enquanto isso, na recepção, uma senhora reclamava que sua ficha havia sido perdida. Desolador o cenário.

Saí de lá imaginando o que encontraria nas demais UPAs e, para minha tristeza, a situação na UPA da Vila Magini era ainda pior. A recepção abarrotada de gente já anunciava que algo não estava bem. Logo passaram por mim duas mães revoltadas, com crianças doentes nos braços: a recepcionista mandou que elas procurassem pediatras na UPA do Jd. Zaíra porque lá não havia atendimento. Na última fileira de cadeiras um jovem casal esperava angustiado pelo médico há três horas, a jovem não aguentou a dor, passou mal e foi encaminhada para a sala de observação, onde permaneceu sem atenção. Outro rapaz, que aguardava há mais de sete horas o retorno com o médico, apontou para os banheiros e reclamou: ‘Eles estão interditados, não podemos usá-los'. O que se via era cenário caótico, muita tristeza e a tentativa frustrada e ilusória de atender até 200 mil pessoas (capacidade da UPA) com apenas dois clínicos gerais.

Já na UPA do Jardim Zaíra, a espera por consulta chegava a duas horas, pois só dois pediatras atendiam. Naquele dia, quem passou mal no Jardim Zaíra, o maior bairro da cidade, não conseguiu encontrar ajuda próxima, já que o pronto atendimento do posto de Saúde do Jardim Zaíra 2 e também do Hospital Nardini foram fechados e na UPA não havia clínico geral. Realidade que se repetiu nos demais bairros da cidade, inclusive nos jardins Sonia e Silvia Maria, onde o pronto atendimento do posto de Saúde também foi desativado, num total descaso com vidas humanas, que tristemente leem nos panfletos da Prefeitura o slogan ‘quem ama cuida'. Então, onde está esse amor?

Vanessa Damo (PMDB-Mauá) é deputada estadual.

Palavra do leitor

Editorial

Dediquei 32 anos de trabalho ao magistério público estadual em São Bernardo e aposentei-me há 23 anos. É preocupante e inaceitável como, a cada ano, a decadência do processo educacional vem aumentando. Por assim pensar, quero parabenizar e solidarizar-me com o Editorial ‘Repensar a Educação' (ontem), que traduz fielmente a péssima situação em que se encontra o processo educacional no nosso País.

Yataro Takano

São Bernardo

Demora

A palavra certa não é demora em relação à perda do reajuste salarial dos conselheiros tutelares de Mauá. Não é mesmo, senhor presidente? A palavra certa talvez seja falta de vontade política ou desrespeito mesmo. Pois é inexplicável o fato de a Câmara afirmar que despachou dia 9 e a Prefeitura dizer que protocolou dia 11, 48 horas após o despacho. Quem levou tanto tempo para percorrer os quase 300 metros que separam os gabinetes do vereador e o do prefeito? Fala sério!

Gecimar Evangelista

Mauá

Olho clínico?

Quero expressar o meu repúdio pelo atendimento prestado à minha mulher no dia 20, por volta das 14h45, no Pronto Atendimento da Vila Luzita, em Santo André. Ela havia feito cirurgia vascular e passou a sentir fortes dores em uma das pernas. Como a dor aumentava, solicitei a uma funcionária para passá-la pelo médico. Ela, uma auxiliar de enfermagem, olhou de longe e disse que não havia necessidade, e que minha mulher tinha que esperar como todos que ali estavam. Não tendo alternativa, levei-a chorando de dor para São Bernardo. Fomos atendidos em sistema de urgência, onde foi examinada, medicada e será acompanhada. Na volta passei no PA da Vila Luzita para saber o nome da servidora que havia nos atendido, mas uma enfermeira disse que ela recebia ordens para agir assim. Voltei lá com minha filha à noite para conversar. A enfermeira responsável procurou no livro de ocorrências o nome da servidora, mas, para minha surpresa e da funcionária, o nome foi apagado. Por que tanto mistério?

Natalino Siqueira Gomes

Santo André

Cotas raciais

Quer queira, quer não, por mais que os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) desejem justificar seus votos favoráveis ao sistema de cotas nas universidades, o princípio fundamental segundo o qual todos são iguais perante a lei foi ferido. O ministro César Peluso que, quando do ‘bate-boca' com o ministro Joaquim Barbosa, afirmou que o STF tem julgado de acordo com a opinião pública, também se incluiu nessa prática. Infelizmente!

José Bueno Lima

Santo André

Semasa

Os políticos de Santo André deveriam acabar com este cabide de emprego, ou, como eles chamam, ‘autarquia municipal', chamado Semasa, e incorporar os seus bens ao ativo da Prefeitura. Ao menos na administração já existe uma Secretaria de Controle Urbano, onde caberia certinho, e acabaria com a bandalheira, pois a Prefeitura tem que prestar contas ao Tribunal de Contas, e uma autarquia como o Semasa, na realidade uma economia mista, está até certo ponto blindada. E qualquer prefeito fica também blindado, mesmo todo mundo sabendo que o Semasa presta contas a ele e, por conseguinte, ele é o responsável por essa empresa.

Jair Cândido da Silva Anunciação

Santo André




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