Setecidades Titulo Regularização
Santo André levará ligações de água a 20 mil famílias

Iniciativa, em parceria com a Sabesp, beneficiará moradores de 50 núcleos irregulares até dezembro

Por Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
30/01/2020 | 00:01
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Denis Maciel/DGABC


 A Prefeitura de Santo André iniciou, ontem, em parceria com a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), o Programa Água Legal, que vai regularizar o abastecimento de 20 mil famílias – cerca de 80 mil moradores – de 50 núcleos irregulares do município até o fim do ano. A primeira comunidade contemplada é a Bougival, na Vila Tibiriçá, onde residem 133 famílias. 

O investimento total no projeto é de R$ 15 milhões, de responsabilidade da Sabesp, integra pacote de R$ 1,5 bilhão em investimento na cidade. A companhia assumiu as operações de água e esgoto de Santo André em setembro do ano passado. 

O Água Legal foi iniciado pela Sabesp em 2016 para regularizar as ligações de água em áreas de alta vulnerabilidade social, pois, no geral, os moradores são abastecidos de modo precário por tubulações improvisadas e sujeitas à contaminação. “Muitas vezes, essas ligações causam ainda mais transtornos aos moradores por conta dos vazamentos que podem ocorrer”, destaca o superintendente da unidade Centro da Sabesp, Roberval Tavares. 

No Grande ABC, Santo André será a primeira cidade operada pela Sabesp – também atua em São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra – a receber o programa. “Vamos executar média de 300 metros de rede de água nova e instalar em todas as ligações nossa caixa medidora”, detalha Tavares. 

Além da implantação da rede de abastecimento de água, o trabalho também inclui o cadastro de moradores na tarifa social, de acordo com os critérios do benefício e negociação de eventuais débitos de ligações já existentes. “Além da saúde e qualidade de vida para a população, vamos oferecer dignidade aos moradores. O munícipe consegue fazer compras ou realizar um crediário com a tarifa”, declara o prefeito Paulo Serra (PSDB). A tarifa social cobrada aos munícipes será em média de R$ 15.

O chefe do Executivo ressalta também que, após as intervenções da Sabesp, a administração realizará os demais trabalhos de melhoria estrutural nas comunidades. “Na sequência, a Prefeitura vai investir na manutenção do asfalto, que precisou ser quebrado e na iluminação de toda área. Com isso, acaba esse trabalho de improviso nas ligações e os moradores também podem cobrar por um serviço de qualidade”, diz Paulo Serra. 

A auxiliar de limpeza Maria Cristiane Henrique de Silva, 28 anos, aprova a iniciativa já esperada pelos moradores. “Já tivemos problemas com vazamentos e canos estourados, então, acredito que será muito bom para toda comunidade. Além disso, as pessoas acabam dando mais valor, já que sairá uma quantia do nosso bolso”, comenta a munícipe. 

Os próximos núcleos beneficiados serão Portelinha, Cidade São Jorge, Capuava e Cedral.




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