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Guerra do tráfico no Rio derruba coronel da PM
07/10/2004 | 00:03
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A guerra entre traficantes nas favelas da Rocinha e do Vidigal e os últimos casos de violência no Leblon, onde ocorreram sucessivos assaltos a prédios e arrastão na praia, derrubaram o comandante do batalhão do bairro, coronel Jorge Braga. Ele era o responsável pelo policiamento em boa parte da Zona Sul do Rio. Também foram anunciadas nesta quarta mudanças em outras áreas críticas, como o Complexo da Maré e a Tijuca, na Zona Norte.

Oficialmente, as alterações de comando são para “melhorar a qualidade dos serviços prestados” e “dar novo ânimo” aos policiais, anunciou o comandante-geral da PM (Polícia Militar), coronel Hudson Miranda. Ele acabou admitindo que os episódios recentes contribuíram para sua decisão. No entanto, disse que a população não deve esperar resultados imediatos. “Falhas vão existir sempre. Não somos onipresentes, oniscientes e onipotentes. Só Deus possui essas qualidades.”

Sobre o Leblon, Miranda disse que o coronel Jorge Braga foi convidado a assumir o Centro de Formação de Praças porque tem o perfil apropriado para a função. Para seu lugar irá o tenente-coronel Renato Fialho, do batalhão de Jacarepaguá, na Zona Oeste.

Miranda ressaltou que o número de roubos a residências registrado este ano na área de abrangência do batalhão é menor do que o verificado no ano passado: de janeiro a setembro de 2003 foram 74 casos; este ano, 33. No entanto, ele reconheceu que os embates entre traficantes têm exigido a presença constante da PM, o que fez com que o “asfalto” ficasse desguarnecido. “Obviamente um setor aqui e acolá fica desprotegido.”

Houve troca também no Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas, que vem sendo muito requisitado por causa dos constantes assaltos a turistas na Zona Sul. O mesmo aconteceu com o Grupamento para Áreas Especiais e a Academia da PM. O patrulhamento ainda será reforçado na Zona Sul e na Barra da Tijuca.




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