Até o final de 2006, a soma de todas as exportações e importações brasileiras, a chamada corrente de comércio, estará na casa dos US$ 240 bilhões. Essa foi a avaliação feita pelo otimista ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, em reunião na noite desta sexta-feira no Palácio do Planalto.

Se a estimativa se concretizar, o comércio exterior terá atingido um volume 45% maior que o de hoje. Na série de 12 meses terminada em fevereiro, a corrente de comércio estava em US$ 165,2 bilhões.

Ao fazer essas estimativas, porém, Furlan voltou a bater na tecla sobre a necessidade de alterações no câmbio – com o dólar cotado entre R$ 2,60 e R$ 2,70, os exportadores perdem competitividade, diz o ministro. As medidas anunciadas pelo Conselho Monetário Nacional também foram discutidas no encontro.

Novos desafios – Também falou sobre outros desafios que devem ser enfrentados para aumentar o comércio internacional. Especificamente, o ministro citou a situação dos portos. Da reunião participaram, além de Lula e Furlan, os ministros da Fazenda, Antonio Palocci, da Coordenação Política, Aldo Rebelo, o secretário do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Jaques Wagner, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o vice-presidente José Alencar – que voltou a criticar o elevado nível das taxas de juros.