Política Titulo Espaço Pirelli
Brookfield para obras de
shopping em Santo André

Previsto para ser inaugurado em um ano, o empreendimento
de 133 mil metros quadrados seria o 3º complexo de compras

Por Vinicius Gorczeski
do Diário do Grande ABC
22/04/2012 | 07:00
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A incorporadora Brookfield decidiu paralisar o projeto Atrium Shopping Santo André, cujas obras foram iniciadas há 40 dias no Espaço Pirelli. O anúncio ocorre três dias após o diretor da companhia José de Albuquerque negar à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) que a empresa tenha sofrido extorsão para conseguir a liberação de licença ambiental junto à autarquia.

Na quinta-feira, porém, agentes do Semasa tentaram embargar a obra, alegando que a terra retirada do local e levada para aterro privado na Avenida dos Estados estaria contaminada. Na intervenção, um caminhão terceirizado da incorporadora teve seus documentos confiscados por funcionários da autarquia. A Polícia Militar chegou a aportar no aterro, e, após analisar o local, concluiu que não havia indícios de crime ambiental.

Com o respaldo do Código de Obras, a Brookfield alega apenas que, "em respeito às autoridades locais", abdica "momentaneamente"da continuidade de realizar as intervenções no terreno a fim de erguer o Atrium. No comunicado a empresa também reafirma a confiança no trabalho das instituições de Santo André, "em especial na análise do Semasa".

Previsto para ser inaugurado dentro de um ano, o empreendimento de 133 mil metros quadrados consagraria a cidade com o terceiro complexo de compras.

Semasa, Brookfield e Prefeitura de Santo André foram procuradas para esclarecer as tratativas que levaram à paralisação do projeto, contudo não retornaram aos contatos da equipe do Diário.

Denúncia - O advogado Calixto Antônio Júnior - que não tinha cargo no Semasa, mas dava expediente diário no sexto andar - citou a Brookfield como uma das empresas extorquidas pela autarquia no suposto esquema de venda de licenças ambientais. Calixto disse à CPI que a liberação teria custado R$ 5 milhões à incorporadora. A acusação rendeu promessa da Brookfield de retaliação na Justiça.

Albuquerque, por sua vez, frisou não ter pago para que a concessão do documento fosse agilizada. O pedido de liberação da licença ambiental da Brookfield segue nas últimas etapas de análises do Semasa.




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