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Ateliê residência Casa Sete, em São Bernardo, abre as portas sábado, a partir das 11h

Antes de mais nada, tem propósito de ser espaço de convivência, onde os artistas possam levar seu processo criativo para outro lugar além de seu habitar natural

Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
25/06/2019 | 07:13
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Divulgação


A região ganha um espaço dedicado à produção artística, com a sugestão de fomentar, fazer pulsar a cultura produzida no Grande ABC. É disso que se trata o ateliê residência Casa Sete, situado no Centro de São Bernardo (Rua Carlos Gomes, 130), cuja inauguração está marcada para sábado, a partir das 11h. A entrada é gratuita.

Assim como no nome, a Casa Sete conta com o mesmo número de ateliês. Atualmente, a residência hospeda os artistas Marcia Rosenberger, Daniel Perez e Ricardo Sanchez, além de espaços para criativos de todas as formas, como o Coletivo Contra Fluxo e a Agência Banana River. E a produção não precisa ser, necessariamente, para arte visual. Cabem música, cinema, teatro.

Segundo Thomaz Pacheco, um dos idealizadores do local, a Casa, antes de mais nada, tem propósito de ser espaço de convivência, onde os artistas possam levar seu processo criativo para outro lugar além de seu habitar natural. E não, necessariamente, de forma solitária. Mas que possam interagir, se quiserem com quem mais estiver por lá na produção.

Pacheco explica que hoje tem uma questão fundamental para os artistas, que é a disponibilidade financeira para ter um ateliê e poder se concentrar 100% nessa atividade. “As pessoas precisam sempre produzir com a preocupação de ter o dinheiro para pagar ateliê, aluguel, comprar material”, explica.

Pacheco acredita que, ao passo que o produtor não tem essa preocupação, consegue criar de forma mais honesta, intuitiva, natural e simples. “Quando a gente fala que a Casa é um espaço para levar processo criativo para outro lugar, é nisso que estamos pensando. Dar possibilidade de artistas se encontrarem, e juntos, pensarem em novas possibilidades para tudo”, afirma.

Os artistas que usarem a Casa Sete como espaço para realizarem suas produções não precisarão desembolsar nada. Segundo o idealizador, o ateliê não é uma instituição para dar lucro. “Tem intuito de dar possibilidade da criação”, explica. Ele diz ainda que o ateliê residência se manterá com financiamentos coletivos, por exemplo. E até mesmo com parcerias de empresas que queiram usar o local para pensar em suas demandas de formas criativa. A ideia é que essas campanhas – vaquinhas coletivas – de patronos aconteçam de seis em seis meses, mesmo tempo que os artistas poderão usufruir do local.

As pessoas que quiserem utilizá-lo deverão participar de editais, que serão semestrais. O interessado defende seu projeto e se, for aprovado, pode entrar naquele semestre e desfrutar do espaço por seis meses. Em contrapartida, os utilizadores serão responsáveis por ministrar cursos e atividades.

Todo último sábado de cada mês a Casa Sete realizará uma feira de criativos e, além dos residentes, convidará outras pessoas para ocupar o espaço na data. “É interessante que começamos a criar um circuito cultural na região (central). A Oma Galeria (na mesma rua) também tem no último sábado do mês o Diálogos de Arte Contemporânea. Agora a Casa, com isso. Está rolando uma movimentação, de fato, no entorno”, encerra. 




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