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Em período de 2 anos, número de títulos cancelados sobe 43%

Levantamento apresenta que 47.168 documentos de eleitor do Grande ABC foram suspensos em 2019

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
23/06/2019 | 07:00
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Divulgação


Entre 2017 e 2019, o número de títulos de eleitor cancelados subiu 43,38% no Grande ABC. O cenário significativo aparece em meio a panorama de apenas 1,28% de aumento de eleitores na região durante o período, sendo 2,095 milhões aptos no balanço atualizado. Levantamento com recorte nas sete cidades mostra que 47.168 documentos foram suspensos pela Justiça Eleitoral no último exercício por ausência aos três últimos pleitos – regulares ou suplementares, incluindo os turnos consecutivos sem votar ou justificar a falta às urnas. No total do País, a quantidade de cadastros anulados atinge o patamar de 2,48 milhões.

Um pouco mais da metade ocorreu no Sudeste (1,24 milhão). A maioria do cancelamentos, no geral, está relacionada a adultos jovens do sexo masculino, solteiros e de baixa escolaridade, de acordo com dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O Estado paulista encabeça o ranking, concentrando 674,5 mil do quadro nacional. Entre as capitais, a cidade de São Paulo também está à frente do rol ao apresentar 199.136 documentos suspensos. Maior município do Grande ABC, São Bernardo lidera a lista regional, com 15,1 mil títulos cancelados – num universo de 620.982 eleitores  – em um ano.

A cidade são-bernardense é seguida por Santo André (12,2 mil títulos anulados, tendo 573.104 eleitores), Diadema (8.637) e Mauá (7.678). Em Ribeirão Pires, a quantia de cadastros suspensos chegou a 1.455. São Caetano e Rio Grande da Serra anotaram 1.409 e 609, respectivamente.

Os números apurados ficaram em grau bem acima dos registrados há dois anos, quando as sete cidades tiveram 32,8 mil títulos cancelados. Na ocasião, o maior índice ficou em 10,6 mil (computados em São Bernardo). Em 2015, por sua vez, a quantidade de suspensões foi de 26,1 mil (o percentual mais elevado, na oportunidade, se deu em Santo André, com 7.454 cadastros).

Chefe de cartório eleitoral da 306ª Zona Eleitoral de Santo André, Kelly Gonçalves Silva Bassetto frisou que a circunstância “é ônus para o eleitor”, uma vez que poderá ser impedido de obter passaporte, certidões ou carteira de identidade. Ela ponderou, contudo, que o cadastro da biometria tem sido o foco da Justiça Eleitoral. “É ruim ao eleitor (o cancelamento do título), pois há restrições, mas existem meios de correr atrás para regularizar. O que mais tem preocupado, no momento, é a questão da biometria. Santo André (hoje ordinária) é apenas 46% biometrizada”, disse. A obrigatoriedade geral será em 2022.
 




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