A campanha mais rica do Grande ABC deixou sobra. Para conquistar o comando do Paço de São Bernardo, com o apoio maciço do padrinho Luiz Inácio Lula da Silva, o petista Luiz Marinho contou com um teto orçamentário de cerca de R$ 15 milhões (mas arrecadou efetivamente R$ 11,8 milhões). Segundo balanço divulgado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a candidatura do ex-ministro da Previdência registrou sobra de R$ 487,52. O então candidato só não explicou, no documento enviado ao Tribunal, de onde vem essa gordura da campanha. Mas ele não foi o único. Até o filho do presidente, Marcos Cláudio Lula da Silva, que teve sua candidatura a vereador impugnada, informou que teve um saldo positivo de R$ 120,68, sabe-se lá no quê. Ao todo, o PT de São Bernardo registrou uma sobra de R$ 24,7 mil. Duas questões importantes: pela lei eleitoral, as sobras dos candidatos têm de voltar para os partidos ou coligação. Isso já aconteceu? E a outra, mais importante: será que o prefeito irá conseguir gerir as finanças do município da mesma forma, com superávit?

Bastidores

Não colou
A tática adotada por um político da região de dizer aos quatro cantos que mudaria de partido para disputar a eleição em 2010 não surtiu o efeito esperado. Na tentativa de se promover, ele achou que criaria um frisson com a notícia, mas o impacto foi zero. Em tempo: ele continua na legenda.

Panela velha
Com quase dois anos de funcionamento, o prédio da Câmara de Mauá já dá sinais de deterioração. Há algum tempo que o teto do plenário não vem resistindo a chuvas. Antes mesmo de ser inaugurado, um temporal fez com que todo o carpete, que antes ocupava o local de discussão dos vereadores, tivesse de ser arrancado. E é claro que o prejuízo ficou com a Câmara, ou melhor, com o contribuinte de Mauá. Mesmo assim, tem parlamentar que não resiste a uma brincadeira por conta da difícil situação da nova velha Casa de Leis. Em recente sessão, o vereador-humorista Ivan Gomes, o Batoré (PP), pediu que o presidente Rogério Santana (PT) comprasse panelas para conter a goteira. Pela situação que os vereadores relatam, vai faltar panela...

Tudo pelas férias
O presidente da Câmara de São Bernardo, Otávio Manente (PPS), convocou para hoje à tarde reunião com os sete líderes de bancada para decidir de uma vez por todas se irão ou não votar a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). A ideia é votar amanhã, já na primeira sessão extraordinária, dentro do recesso. Mas o fato é que, sem votar esse projeto, ninguém sai de férias. Neste ponto, até as rixas que marcaram o primeiro semestre ficam de lado. Pois é. O que eles não fazem para garantir uns dias de descanso...