Substituição da TR pelo INPC como índice de atualização monetária do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) e repasse de 50% dos lucros com financimento de imóveis, infra-estrutura e saneamento aos trabalhadores, são dois pontos de um Projeto de Lei que será encaminhado à Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, hoje à tarde.
O projeto foi elaborado pela UGT (União Geral dos Trabalhadores) em conjunto com a ONG (Organização Não-governamental) Instituto FGTS Fácil com o intuito de tornar o Fundo mais rentável.
Segundo o presidente da UGT, Ricardo Patah, é importante mudar o índice de reajuste para que o trabalhador não saia perdendo quando sacar o FGTS.
“Não podemos aceitar que o dinheiro do trabalhador valha menos do que o da sociedade”, disse Patah.
Atualmente, o índice de atualização monetária é de 3% ao ano mais TR. A idéia é substituir pelo INPC do IBGE. “Entendemos que isso seja suficiente para evitar mais perdas”.
Com a economia estável, inflação controlada e juros em queda, a implantação do INPC pode não apresentar impacto no rendimento do FGTS. No entanto, num ambiente de alta inflacionária, o novo índice poderia garantir maior proteção ao dinheiro aplicado.
Quanto ao repasse de 50% do lucro obtido com o financiamento de imóveis, a idéia é depositar na conta do FGTS do trabalhador para que ele seja beneficiado quando sacar o dinheiro.
A CEF (Caixa Econômica Federal) gestora do FGTS, disse, por meio de sua assessoria, que não comenta projetos.
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