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Alternativa pedal

Os cientistas dizem que se não reduzirmos de forma...

Por Cristina Baddini
30/11/2012 | 00:00
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Os cientistas dizem que se não reduzirmos de forma significativa os impactos negativos causados ao meio ambiente, em duas décadas ultrapassaremos o ponto de não retorno, além do qual o planeta mudará irreversivelmente, a despeito de todas as medidas adotadas.

O grande problema é que a vida não será nada agradável ou sustentável para a espécie humana. O estrago que estamos fazendo é resultado do nosso estilo de vida. Todas as nossas ações exercem um impacto sobre o mundo natural. Assim, qualquer mudança de rotina, do momento que acordamos até a hora de voltar para a cama é uma oportunidade de cuidar do planeta.

VOCÊ PRECISA MESMO DO CARRO TODOS OS DIAS?
O mundo já tem mais de 1 bilhão de veículos e eles representam uma das principais fontes de emissão de gases que intensificam o efeito estufa e acentuam mudanças do clima. Desde 1961, a quantidade de dióxido de carbono (CO2) despejada pela humanidade na atmosfera com a queima de combustíveis fósseis cresceu dez vezes. Essa descarga de poluentes é que provoca o aquecimento do planeta, causando secas, tornados, inundações, acidificação dos oceanos e a extinção de espécies.

É urgente discutir com seriedade a questão ambiental com políticas públicas que coloquem o transporte coletivo à frente do individual. Mas, fico pensando como a mídia, que depende da publicidade de automóveis, a indústria automobilística, os governos que querem aquecer suas economias federal e estaduais, além dos governos municipais (com políticas de mobilidade que incentivam a utilização do carro) irão compreender que a mobilidade sustentável é um grande negócio para todos porque poderia melhorar a vida das pessoas. Como alterar a política de mobilidade baseada em vendas de carros? Esse é um desafio.

QUAL É O TAMANHO DA SUA PEGADA?
Os cientistas desenvolveram métodos para calcular a quantidade de carbono que cada pessoa utiliza no dia a dia. Quem tem um carro pequeno e roda até 12 quilômetros por litro emite mais de 2 kg de dióxido de carbono por litro de gasolina usado.

É só fazer as contas quanto emitimos ao longo de um ano. Infelizmente o consumo e o desperdício de energia estão extremamente enraizados na nossa cultura.

SOLUÇÃO EM NOVA YORK
Os novaiorquinos vêm priorizando o pedestre, o ciclista e o transporte público. Em cinco anos foram implantados 450 quilômetros de ciclovias, que reduziram em 40% os acidentes com ciclistas na cidade. Também está para ser implantado em março o programa de compartilhamento de bicicletas, como Barcelona, Paris, Londres, Rio, São Paulo, Campinas e São Caetano. Lá houve queda de 75% nas mortes em acidentes de trânsito entre 2007 e 2011. O número de mortes anuais está em 291 e em São Paulo são mais de 1.000. Está em estudo um tempo maior nos semáforos nos locais onde se concentram os idosos e uma campanha para que as pessoas não atravessem as ruas enviando mensagens de texto. 

PROJETO SANCABIKE
A Prefeitura de São Caetano aposta em ações inovadoras em prol da melhoria da qualidade de vida da população. A cidade será pioneira mundial em empréstimo de bicicletas públicas adaptadas às pessoas idosas e com deficiência. Os veículos serão apresentados hoje, às 10h, na Câmara Municipal - Avenida Goiás, 600 - Centro.

Ao todo serão 30 triciclos (bicicletas com três rodas) e handbikes, que são pedaladas com as mãos. A iniciativa faz parte do projeto experimental SancaBike, em parceria com a Brasil e Movimento, que teve início em 30 de outubro deste ano, e disponibiliza bicicletas públicas à população por um período de 45 minutos. O projeto já tem 2.000 usuários cadastrados e uso semanal de 1.200 viagens. 

Para ter acesso às bicicletas, os interessados devem preencher um cadastro no site www.brasilemovimento.com.br e pagar uma taxa de R$ 10 para efetivar um cartão que servirá como passe. Também é necessário pagar outra taxa de R$ 10 para ter cobertura de um seguro de acidentes. O programa dá continuidade às ações da Prefeitura voltadas para as pessoas com deficiência e idosos.




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