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Polícia encontra corpo de agente desaparecida desde quinta-feira

Moradora de São Bernardo, soldado Juliane dos Santos Duarte sumiu após ir a um bar na favela de Paraisópolis

Por Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
07/08/2018 | 07:00
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A Polícia Militar encontrou na noite de ontem o corpo da soldado Juliane dos Santos Duarte, 27 anos, que estava desaparecida desde a última quinta-feira. O corpo da vítima foi localizado dentro do porta-malas de um veículo Honda Civic, na Rua Cristalino Rolim de Freitas, no bairro Campo Grande, na Zona Sul de São Paulo.

Segundo a Polícia Militar, embora a perícia ainda não tenha sido concluída, já é possível afirmar que trata-se do corpo da soldado. Um dos argumentos utilizados é de que no veículo também foi encontrada uma calça camuflada como a que a policial usava no dia do desaparecimento.

Moradora de São Bernardo, a policial militar foi vista pela última vez na favela de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, após encontrar amigos em um bar na comunidade.

De acordo com testemunhas, momentos antes do desaparecimento, Juliane teria ido ao banheiro do bar e, quando voltou, percebeu uma movimentação estranha no estabelecimento. Na ocasião, o celular de um rapaz que também estava no bar teria sido furtado.

Neste momento, Juliane teria, então, sacado a arma e se identificado como soldado da Polícia Militar. Após o episódio, quatro indivíduos teriam ido ao estabelecimento e questionado quem era a policial. Ao se manifestar, ela teria sido baleada duas vezes e levada pelo grupo.

Desde o desaparecimento, as equipes das polícias Civil e Militar realizavam buscas no entorno do estabelecimento. Na sexta-feira, após denúncia via o telefone 190, os agentes localizaram a moto da PM no bairro de Pinheiros. Um homem foi detido suspeito de participação no desaparecimento da policial. Embora ainda não tenha sido comprovado seu envolvimento, ele permaneceu preso por porte ilegal de arma.

Ontem, o governo do Estado, por meio da SSP (Secretaria da Segurança Pública), chegou a determinar o pagamento de recompensa de até R$ 50 mil para quem tivesse informações do paradeiro de Juliane.

A policial, que no início do mês havia saído de férias, morava com a mãe, Cleusa dos Santos, 57, em São Bernardo.

Nas últimas semanas, inclusive, acompanhava a mãe, que sofre de câncer na medula óssea, durante o tratamento médico.

Ontem, o Diário chegou a conversar com a irmã de Juliane, mas ela informou que a família não iria mais se manifestar sobre o caso até o fim das buscas.

Em entrevista à emissora Record, a mãe da vítima chegou a afirmar que ainda tentava manter as esperanças diante da hipótese de a PM ter sido baleada. “Mesmo que os responsáveis pelo sequestro não queiram se identificar, que digam à polícia onde Juliane está”, declarou.

 




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