Iguais em pontos (18) e colados na tabela, São Caetano (sétimo) e Guaratinguetá (oitavo) fazem duelo inédito na Série B do Brasileiro, às 21h, no Anacleto Campanella. É que a equipe do Vale do Paraíba disputa pela primeira vez a Segundona do Nacional. Os time só se enfrentaram no Estadual, por três vezes, com duas vitórias do Azulão e um empate.

Além da disputa por vaga no G-4 (grupo dos quatro primeiros), a partida marca o reencontro do Azulão com o ex-técnico Roberto Fonseca, que estreia no Guará.

Fonseca foi dispensado após a derrota da equipe em sua estreia na Série B diante do Figueirense por 1 a 0. O jogo aconteceu no Estádio do Canindé porque o Campanella estava interditado.

A situação do treinador no clube se complicou após a perda do título do Interior do do Campeonato Paulista dias antes. Corria nos bastidores que o relacionamento de Fonseca com parte do grupo não era bom.

O zagueiro Anderson Marques detalhou o reencontro com Fonseca. "Acho que ele vai tentar mostrar que tinha condições de continuar. Da mesma forma acredito que os jogadores que foram sacados do time por ele também tentarão mostrar que têm condições de estar no elenco. No entanto, encaramos o jogo apenas como mais um em que temos de vencer para encostar nos líderes", comentou.

Para Anderson Marques não chega a ser preocupante o fato de Fonseca conhecer as características do Azulão. "Pode até tentar tirar proveito de eventuais pontos negativos do nosso time, mas acho que o que vai contar mesmo é o jogo, a atenção e dedicação de cada um em campo."

O técnico Sérgio Guedes minimizou o reencontro do time com o ex-treinador. "Ele (Fonseca) é um excelente profissional. Não sei em que circunstâncias saiu do clube. O jogador serve ao clube e tem que ter isso como alvo, senão foge do que foi estabelecido. Se o Roberto fez escolha por este ou aquele jogador é porque tinha suas razões e isso tem de ser respeitado. É normal que quem não joga se sinta preterido", analisou.

Sobre a partida, Guedes reforçou que o São Caetano tem de exercer melhor seu poder de marcação, visto que o adversário joga fechado e explora os contra-ataques. "Claro que isso (contragolpes) ocasionalmente vão ocorrer, por isso temos de estar organizados e com pouca margem de erros de passe, que é o que causa esses contra-ataques", avaliou.

O treinador não antecipou a escalação, mas no meio da semana admitiu que poderia mexer na equipe.