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Câmara de S.Bernardo devolve R$ 11,6 milhões ao Poder Executivo
Rita Donato
Do Diário do Grande ABC
30/12/2007 | 07:03
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Depois de um ano no comando da Câmara de São Bernardo, Amedeo Giusti (PV) fala sobre as mudanças administrativas que coordenou desde que assumiu a presidência. A principal trata da alteração no fluxograma para aprovação das despesas, que possibilitou redução significativa nos gastos. Mesmo com a herança do novo prédio, orçado em R$ 4,4 milhões, o parlamentar devolveu ao Executivo R$ 11,6 milhões – 29% do orçamento –, o maior valor já restituído aos cofres públicos da cidade.

A estratégia para diminuir os custos foi aumentar o controle interno da Casa. “O processo passa por dezenas de pessoas antes de ser aprovado”, revela o presidente. Antes da mudança, apenas o setor Financeiro se responsabilizava pelas compras. “Há 26 passos, e a chance de qualquer erro é mínima.”

Para equacionar o orçamento – de R$ 40,1 milhões – o procedimento de contratação das empresas terceirizadas também foi modificado. O chefe do Legislativo determinou o levantamento de todos os contratos 120 dias antes do vencimento para discutir possíveis aditamentos. “Assim, há tempo para consultar a empresa e propor o aditamento. Desde que diminua o preço do serviço ficamos com ela, caso contrário é feita nova licitação.”

A tática fez com que o Legislativo economizasse mensalmente R$ 500 mil. “Devolvemos à Prefeitura 11 cheques com esta importância. O maior, de R$ 6,1 milhões, foi encaminhado neste mês”, afirma Amedeo. Além do montante, a administração receberá mais R$ 601 mil referente às aplicações no mercado financeiro. Em 2006, último ano da gestão de Laurentino Hilário (PSDB), o valor devolvido foi de R$ 8,3 milhões.

NOVO ANEXO

Uma das maiores polêmicas do ano foi o anúncio, em outubro, de um possível aditamento de R$ 450 mil para conclusão do novo prédio. Segundo o presidente, o valor seria utilizado para adequar o sistema de refrigeração e ressarcir a empreiteira, que arcou com os custos das duas lajes superiores.

A discussão ganhou tamanha repercussão que Amedeo desistiu de aditar o contrato. “Assumi apenas a individualização do ar-condicionado, que custou R$ 217 mil. A obra ficou barata, só que o prédio está inacabado e terei de abastecer com tudo o que faltou”, reclama, referindo-se à fachada dos gabinetes e toda a mobília da nova casa.

O processo para aquisição de novos computadores também gerou desentendimento. “Por conta de dúvidas sobre o preço anulei o contrato. Precisamos de uma assessoria para orientar neste tipo de compra.”



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