Um dos mais jovens jogadores da Seleção Brasileira, o volante Walace, 21 anos, foi o último a se juntar ao grupo nos Estados Unidos após o corte de Luiz Gustavo –, que pediu dispensa por motivos particulares. O jogador do Grêmio, entretanto, mostrou personalidade na primeira entrevista coletiva, ontem, antevéspera da partida contra o Peru, às 21h30 de amanhã, em Foxborough.

E, segundo ele, o sistema defensivo brasileiro tem de ficar alerta com um jogador em especial: Paolo Guerrero. “Enfrentei o Guerrero no Corinthians e no Flamengo. É um jogador muito inteligente, que a gente não pode dar muito espaço. Finaliza muito bem, tem boa primeira bola. É um dos atletas com os quais a gente tem que se preocupar mais. Ele, na Arena Grêmio, foi expulso duas vezes, podemos usar também (provocação contra o peruano). Mas temos de procurar jogar bola, vencer com a nossa competência. Se ele cair em provocação, azar é o dele. Temos de fazer nosso trabalho”, disse Walace.

O volante deve ser titular amanhã por conta da suspensão de Casemiro, que recebeu dois cartões amarelos. Diante do Haiti, ele entrou nos 20 minutos finais e declarou que eliminou a ansiedade. “Estava ansioso para poder jogar, mas é normal em todos que vêm pela primeira vez. Foi pouco tempo de adaptação, mas consegui ficar bem. Hoje, estou um pouco mais à vontade e espero ter um pouco mais de oportunidade. Estou tranquilo, já passou o friozinho na barriga”, afirmou.

Desconhecido de muitos, Walace contou o que fazia na infância na Bahia até ser aprovado no Avaí. “Eu estudava, gostava de jogar futebol, ajudava minha mãe num restaurante caseiro que ela tinha. Era sonho de moleque. (Nas peneiras) Sempre diziam para voltar em 15 dias, e eu estava sempre insistindo”, relembrou.