A Prefeitura de São Caetano implanta, a partir do mês que vem, um conjunto de ações para minimizar os prejuízos causados pelas fortes chuvas, comuns neste período do ano. Para isso, o Executivo criou o Centro de Gerenciamento Emergencial, que começará a funcionar efetivamente a partir de fevereiro. O serviço será coordenado pela Desem (Diretoria de Serviços Municipais), por meio da Defesa Civil. Na sede do órgão, haverá uma sala específica para o Centro.

Por meio desse sistema, todos os diretores envolvidos em áreas de emergências – como Habitação, Trânsito, Assistência Social e Cidadania, entre outros – serão acionados pelo Centro para agilizar o atendimento. "Dessa forma, podemos disponibilizar de forma rápida cobertores, roupas, atendimento social, enfim, tudo o que for necessário em um momento de emergência", explica o diretor do Desem e presidente da Defesa Civil do município, Dorival Fernandes. Ele diz que o serviço em São Caetano foi inspirado no Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura de São Paulo.

A operação emergencial estará em vigor pelo menos até março, quando as chuvas começam a dar trégua. Nesse período, o Centro funcionará 24 horas. Ao todo, a Defesa Civil conta com seis agentes, além de 60 voluntários da comunidade. Mas Fernandes espera contar com pelo menos mais quatro agentes de Defesa Civil, para auxiliar nas ações. O órgão conta, ainda, com três motos, um caminhão (força-tarefa) e duas pick-ups.

Atualmente são coletadas informações fornecidas pelos pluviômetros – aparelho que mede a quantidade de chuva – do Corpo de Bombeiros, além de dados de institutos meteorológicos, por meio da internet. Fernandes adiantou que há um estudo com uma empresa de São Paulo para trazer um radar meteorológico para a cidade, gerenciado pela Prefeitura e sem custos aos cofres públicos. O sistema, inédito na região, também atenderia aos demais municípios do Grande ABC.

O Centro também contará com um link exclusivo, onde serão geradas imagens para a sede do órgão. "Por meio dessas imagens, vamos poder dizer que ações têm de ser tomadas rapidamente. Isso vai ajudar muito e agilizar o atendimento. Os estudos estão bem adiantados e no segundo semestre já teremos esse serviço", diz.

Outra ação importante destacada por Fernandes dentro do programa emergencial é a realização de cursos aos voluntários e funcionários da Defesa Civil. Entre os cursos estão canoagem, salvamento em enchentes, resgate e combate a incêndio em matas. Além da Defesa Civil, também serão oferecidos à população em geral. "Quanto mais gente estiver preparada para agir em situações de emergências, para a gente é melhor."

Piscinão – Apesar de inaugurado há cerca de três meses, o piscinão do município não conseguiu suportar as fortes chuvas no final do ano passado, resultando em transbordamento e interdição parcial da avenida Guido Aliberti. Apesar da ocorrência ter causado preocupação, Fernandes acredita que o fato foi isolado e, mesmo assim, sem grandes proporções. "Com o piscinão, a água ficou limitada à Guido Aliberti. Em épocas passadas, atingiria várias ruas do bairro", diz o secretário.

Ainda assim, já há estudos para construir um muro – hoje existe um alambrado – em volta do piscinão, para conter ainda mais o acesso das águas à avenida. "Estamos conversando com o prefeito (José Auricchio Júnior-PTB) para construir esse muro o quanto antes. Em uma altura de 2 metros, por exemplo, seria possível conter muito mais água ainda na área do piscinão. Essas medidas diminuem ainda mais o sofrimento do povo", analisa.