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E-business tem expansão acelerada
Frederico Rebello Nehme
Do Diário do Grande ABC
12/01/2005 | 15:22
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Por meio do comércio eletrônico, a Basf movimentou no Brasil R$ 1,5 bilhão em 2004, 62,5% a mais que em 2003 (R$ 923 milhões). O valor representou no ano passado mais de 20% de toda a movimentação financeira da empresa, que possui unidade em São Bernardo.

A Rhodia, outra empresa do setor químico que mantém unidades no Grande ABC – em Santo André e São Bernardo –, também apresentou crescimento nas negociações eletrônicas: de US$ 72 milhões em 2003 para US$ 112,5 milhões em 2004, uma alta de 56%.

As altas taxas de crescimento do e-business são creditadas às características do mercado brasileiro – ainda novo para essa modalidade de transação comercial –, à diversificação nos serviços on-line oferecidos pelas empresas e também a uma espécie de “campanha de convencimento” dentro e fora das empresas de  uso do meio eletrônico.

“Estamos trabalhando muito a adoção do comércio eletrônico dentro da nossa estrutura, mudando a mentalidade da própria empresa, o que deve gerar um impacto maior do que apenas trabalhar uma melhor relação com nossos fornecedores e clientes”, afirma o gerente do Departamento de Serviços ao Cliente e E-Commerce da Basf para a América do Sul, Georges Klopotowski.

A participação do comércio eletrônico no faturamento da Basf em 2004 deve ser maior que os 20% registrados em 2003, segundo Klopotowski, que não confirmou o percentual esperado. Na Rhodia, o e-business subiu de 12% em 2003 para 15% em 2004.

“O crescimento aconteceu devido à diversificação de nossas vendas e atendimentos via Internet, nosso alvo desde a implantação das transações eletrônicas, em 2002”, afirma Alexandre Fernandes Chazan, analista de projetos responsável por e-business da Rhodia no Brasil.

A Basf implantou seu sistema de comércio eletrônico em 2000, com um volume negociado de R$ 48 milhões em 2001 e de R$ 262 milhões em 2002. A meta da empresa é conseguir comercializar por meio eletrônico 50% de todo o seu volume até o final de 2006.

“Proporcionalmente, as vendas on-line cresceram mais que as vendas totais da empresa, desde o início do sistema eletrônico. A Basf está investindo numa forte estratégia global para alcançarmos essa meta”, afirmou Klopotowski.

Conscientização – O presidente-executivo da Associação Brasileira de E-business, Richard Lowenthal, também credita o crescimento do comércio eletrônico das indústrias instaladas no Brasil – R$ 139,5 bilhões em 2004 – à conscientização dos quadros das empresas e à grande aceitação do mercado.

“Em 2004 as empresas investiram muito no e-business dentro de suas estruturas. No mercado brasileiro, há também uma disposição de se aceitar a negociação eletrônica. O ano de 2005 está sendo visto com otimismo”, diz Lowenthal.

Essa “melhor aceitação” do mercado brasileiro é confirmada nos negócios da Basf. “Na Basf, o Brasil e a América do Sul têm sido mais agressivos no comércio eletrônico que Europa e  América do Norte”, afirma Klopotowski, da Basf.




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