A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou nesta quarta-feira a apreensão do lote 8473C do antibiótico Benzatron, fabricado pela empresa paulista Ariston. Um laudo do laboratório da Fundação Ezequiel Dias constatou formação de grumos no frasco do produto e teor de princípio ativo abaixo do padrão.

Os medicamentos Dientrin (lote nº 4053552), da empresa Sanofi-Synthelabo, e Salicin (lote nº 729), da indústria Green Pharma, também apresentaram problemas e foram interditados. No primeiro, de acordo análise do laboratório Noel Nutels, a substância ativa não estava uniforme. Já o segundo, de acordo com o Laboratório Central do Rio Grande do Sul (Lacen/RS), possuía coloração mais intensa que a normal.

O Salicin é um analgésico e o Dientrin, um antiinfeccioso usado no tratamento de sinusite e infecção de garganta, entre outras doenças. As duas irregularidades foram detectadas pelo Programa Nacional de Verificação da Qualidade dos Medicamentos da Anvisa, por meio do qual são coletadas amostras de medicamentos vendidos no país para certificação da qualidade.

A interdição é válida por 90 dias, período em que as empresas têm direito à contraprova do laudo oficial. Durante este prazo, os lotes interditados não podem ser comercializados nem consumidos. Já o medicamento apreendido deve ser retirado do mercado.

Os fabricantes, pontos de venda e distribuidores que desrespeitarem as determinações da Anvisa estão sujeitos a notificação e multas que variam de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão, de acordo com a Lei nº 6.437/77. Vigilâncias sanitárias estaduais e municipais são responsáveis pela fiscalização do cumprimento das medidas.