Os salários estao atrasados e até mesmo os passes de Guilherme e Rámon, com o Vasco, correram o risco de nao ser quitados. As dívidas do clube ultrapassam R$ 60 milhoes.

Apesar das evidências, alguns jogadores preferem fazer vista grossa. ``Crise? Todo mundo está satisfeito aqui', garante Cláudio Caçapa. A equipe unida e a posiçao privilegiada nos campeonatos, nao sao suficientes para salvar o Atlético dos problemas financeiros.

O pagamento de abril atrasou e foi dividida em duas parcelas, com a ajuda de um empréstimo bancário. O pagamento de maio também está atrasado. ``Mesmo com os dias de atraso, os jogadores estao motivados. É isso que faz do Atlético o time que é', assegura o presidente do clube, Nélio Brant. Segundo ele, a sobrevivência do Atlético está garantida com a parceria de 15 anos com a IMS, que vai investir nesse período R$ 450 milhoes e bancar a folha de pagamento e as despesas de futebol do clube.

Com as bases contratuais definidas, Brant garante que a assinatura só depende da homologaçao do governo federal do pedido de Refinanciamento Fiscal (Refis) da dívida do clube - que estipula o pagamento em parcelas de 1,2% do faturamento mensal (cerca de R$ 18 mil).

Na próxima semana, o presidente atleticano disse ter agendado uma audiência com o secretário da Receita Federal, Everardo Maciel, para agilizar o processo de refinanciamento e garantir a certidao negativa. ``Os patrocinadores temem que, ao fechar a parceria, o governo queira cobrar toda a dívida', explica Brant.