Setecidades Titulo
Falso e-mail do Serasa lê conta e senha de usuário
Renata Gonçalez
Do Diário do Grande ABC
18/01/2005 | 13:53
Compartilhar notícia


Com uma oferta cada vez maior de serviços, a Internet é também um canal vulnerável a scammers, como são chamados os golpistas que atuam on-line. Os ataques vêm por e-mails de empresas de confiabilidade junto ao público, como bancos, SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) e Serasa (Centralização de Serviços de Bancos) – esta última, vítima de um dos mais recentes golpes aplicados na Internet.

A circulação de mensagens falsas com o nome do Serasa é tão grande que a empresa colocou em sua homepage um comunicado para esclarecer que jamais contata pessoas com pendências financeiras por e-mail. Os avisos chegam pelos Correios, por meio de cartas timbradas. Segundo o Serasa, o golpe é investigado pela delegacia especializada em crimes eletrônicos. Nesses casos, o Procon orienta o consumidor a registrar boletim de ocorrência.

As falsas mensagens foram nomeadas por especialistas em informática de spam. O spam é uma mensagem anônima ou de falsa autoria originada para espalhar fatos sem fundamentos ou fraudulentos.

O teor do falso e-mail do Serasa  traz uma notificação de pendência financeira, sob pena de cancelamento do CPF. Intrigado com a ameaça, o usuário é induzido a prosseguir na navegação a partir do site www.serasa.gov.br, quando a homepage oficial da instituição é www.serasa.com.br.

No final da mensagem, o usuário lê o comunicado “nada consta em seu nome”. Mas, a partir daí, um aplicativo denominado Keylogger (em inglês, leitor de teclado) é instalado na máquina, e o fraudador passa a obter informações confidenciais, como a senha bancária e o número do cartão de crédito.

A orientação do Serasa é que o usuário apague a mensagem sem abrir o arquivo anexado. Para os que já receberam a mensagem e abriram o anexo, a recomendação é que interrompam o uso do computador para qualquer operação bancária. Recomenda-se também consultar um especialista em software para avaliar a necessidade de reconfiguração.

A retirada de valores em conta corrente acessadas indevidamente por scammers é crime de furto mediante fraude, segundo o delegado-assistente do 1º DP de Santo André, Marcos Alexandre Cattani. “Mas é raro alguém vir à delegacia sabendo que o furto se deu porque digitou dados bancários na Internet”, afirma. “Muitos insistem que o furto ocorreu porque alguém viu a senha no caixa ou que o cartão foi clonado.”

Cattani confirma o procedimento explicado pelo Serasa. “O boletim pode ser elaborado em qualquer delegacia, que o encaminha ao Departamento de Inteligência da Polícia Civil. É feito um rastreamento no computador da vítima até chegar à máquina de origem.”




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;