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Fifa estuda reformas na arbitragem, mas não uma revolução
Da AFP
23/06/2002 | 10:00
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Os erros de arbitragem registrados na Copa do Mundo 2002 convenceram a Federação Internacional de Futebol (Fifa) da necessidade de fazer reformas, não revoluções, nesta área. Ao mesmo tempo, a federação nega que os problemas tenham sido frutos de um complô.

O presidente da organização, Joseph Blatter, reconheceu no sábado a necessidade de modificar os critérios da seleção dos juízes, mas parece entusiasmado com a possibilidade de recorrer aos sistemas eletrônicos, como o vídeo, para apoiar o árbitro.

"Esse tema (uso do vídeo durante as partidas) não faz parte da ordem do dia", insistiu neste domingo o porta-voz da Fifa, Keith Cooper. Ele lembrou que esta opção foi analisada várias vezes, sendo que até agora as vantagens compensaram os inconvenientes que acarretaria. "Se a tecnologia fosse adotada, seria apenas para decidir se uma bola atravessou a linha de campo ou de gol, para mais nada", acrescentou.

Entretanto, o emprego de sistemas eletrônicos para os impedimentos parece completamente descartado pela Fifa. A Federação afirma que se fosse comprovado que não houve impedimento depois de o árbitro parar o jogo, seria impossível dar continuidade ao movimento interrompido, com a mesma dinâmica dos jogadores.

Blatter apóia modificação no sistema de seleção dos árbitros, especialmente no que diz respeito à língua em comum dos três juízes e ao costume de trabalharem juntos, para minimizar erros.

Ele prefere que a Fifa selecione os melhores juízes, sem se importar com nacionalidades, o que implicaria no abandono da política de divisão proporcional da arbitragem entre as diferentes confederações.

A política foi adotada na tentativa de elevar globalmente o nível da arbitragem mundial, ao mesmo tempo que o esporte progredia e passava a ser praticado em vários cantos do planeta.

Blatter opina agora que, apesar da iniciativa ter sido válida, o projeto fracassou e será necessário a volta da política hierárquica para as partidas da Copa do Mundo.

Na Coréia do Sul e no Japão, a Fifa convocou, entre árbitros e assistentes, 28 europeus e apenas 10 sul-americanos e 9 da Concacaf. Entretanto, além destes houve 12 juízes asiáticos, 10 africanos (entre eles Benin, onde não existe liga profissional de futebol) e três da Oceania, um oriundo da ilha de Vanautu.




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