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Com Dilma até o fim
Por Havolene Valinhos
Do Diário do Grande ABC
03/10/2010 | 06:47
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Edmilson Magalhães/DGABC


A presidenciável Dilma Rousseff (PT) fez hoje sua última atividade de campanha em São Bernardo e contou com o apoio de peso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Também aproveitaram o momento os candidatos ao governo paulista Aloizio Mercadante, e ao Senado, Marta Suplicy e Netinho de Paula (PCdoB). De cima do carro, Lula - acompanhado da primeira-dama Marisa Letícia -, Dilma e Mercadante cumprimentavam a população. Os petistas saíram do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e concluíram o percurso na Igreja Matriz, locais históricos para o PT, Lula e os movimentos sindicais da região.

Já no fim da atividade, na rua paralela à igreja, houve confusão envolvendo pessoas que queriam se aproximar do presidente. Em entrevista tumultuada, Lula disse estar confiante na vitória de Dilma no primeiro turno e que se empenhou mais na campanha da sucessora do que em sua própria. "Viajei mais do que em minha campanha em 2006 porque estava convencido de que o grande legado que a gente deveria deixar para o Brasil era eleger gente para governar." Aproveitou para reforçar nome de Mercadante, que está atrás de Geraldo Alckmin (PSDB) nas pesquisas. "São Paulo precisa de gente para mudar. É uma vergonha que o Estado mais rico da Federação não apresente nenhuma política social. Depois de tantas décadas no poder eles (PSDB) não mostram nenhuma política pública para São Paulo."

Dilma ponderou que encerrar a campanha em São Bernardo é simbólico e que o PT faria ato na cidade "fizesse chuva ou sol e fez chuva", ao destacar a garoa que caía nos primeiros momentos do evento.

A petista classificou como ‘exaustiva' a corrida por conta do extenso território nacional. Mas não deixou de cutucar os adversários. "A pior parte da campanha foram as mentiras sorrateitas que saíram do baixo mundo da política, de quem não tem coragem de aparecer e contamina a vida política." Entre outros pontos, a candidata afirmou que "o Brasil tem chances de ser a maior das democracias e País desenvolvido." Ainda revelou que prefere "mil vezes a crítica do que passado de ditadura", ao pontuar que o governo Lula nunca cerceou a liberdade de imprensa e que tem o desafio de erradicar a miséria do País.

Lula disse que sai do governo com a consciência tranquila. "Estou me despedindo. Faltam três meses para eu deixar o governo. Nós não fizemos tudo que era necessário, mas fizemos muito mais que foi feito na história do Brasil. Está tudo bem, povo está feliz, com autoestima. Todos os segmentos da sociedade brasileira ganharam e é isso que importa."

Quanto ao que fará a partir de 1º de janeiro, o presidente pontuou que até para ele próprio é uma incógnita. "No dia 1º vai ter muita festa para posse de Dilma e Mercadante. Mas não sei o que vai acontecer comigo a partir do dia 2", finalizou em tom de brincadeira.




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