O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e as agências reguladoras dos setores de água e energia não se manifestaram sobre o desrespeito ao limite de vazão do reservatório para o complexo de usinas Henry Borden, em Cubatão. Na tarde de segunda-feira, dia em que apagão afetou 11 Estados brasileiros, a transferência chegou a 144,84 m³/s, volume 24 vezes maior que o estabelecido em acordo assinado em novembro pelo governo paulista.
A Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia) diz ter sido obrigada pelo ONS a aumentar a vazão em vários dias desta semana. Além do pico de 144,84 m³/s, o volume máximo na terça-feira chegou a 142,2 m³/s e a 83,35 m³/s na quarta-feira, data em que a transferência só foi normalizada depois das 15h.
O Diário procurou o ONS durante todo o dia de ontem para comentar o assunto, mas a assessoria do órgão informou que toda a diretoria estava em compromisso em Brasília e que não poderia atender.
A ANA (Agência Nacional de Águas) e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) também foram contatadas, mas não se manifestaram. Em novembro, em debate na Câmara dos Deputados, o diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu Guillo, fez críticas ao governo de São Paulo em razão da crise hídrica no Estado. Ele afirmou que é preciso priorizar a água para consumo humano.
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