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OMS apóia Brasil na quebra de patente de remédio contra a Aids
Por Do Diário OnLine
Com AFP
29/06/2005 | 15:25
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A OMS (Organização Mundial da Saúde) defendeu nesta quarta-feira o direito do Brasil de quebrar a patente de um remédio usado no combate à Aids. A decisão do governo foi anunciada na semana passada.

O Brasil pediu a quebra de patente do medicamento Kaletra, atualmente importado do laboratório norte-americano Abott. Formado pela associação dos princípios ativos ritonavir e lopinavir, o medicamento é usado em todas as fases do tratamento da Aids e custará R$ 257 milhões aos cofres brasileiros até o fim de 2005. Com a decisão, o laboratório público brasileiro Farmanguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz, vai produzir o medicamento genérico formado pelos dois princípios ativos.

O diretor do Departamento de HIV/Aids da OMS, Jim Kim, explicou que com a quebra da patente, o Brasil tenta garantir a viabilidade do programa nacional de luta contra a Aids.

América Latina- Cerca de meio milhão de pessoas doentes de Aids na América Latina e no Caribe precisam receber o coquetel contra a Aids, segundo o relatório divulgado nesta quarta-feira pela OMS. De acordo com o relatório, 14 países da região conseguiram tratar com o coquetel pelo menos a metade dos doentes de HIV/Aids: Brasil, Argentina, Barbados, Chile, Costa Rica, Cuba, El Salvador, México, Panamá, Uruguai, Venezuela, Botsuana, Polônia e Tailândia.

Cerca de um milhão de doentes dos países pobres ou em vias de desenvolvimento têm acesso ao coquetel, "um resultado inferior à meta de 1,6 milhão prevista para junho de 2005", reconheceram a ONU e a ONU Aids.

O milhão de doentes no mundo tratados com coquetel representa apenas 15% das 6,5 milhões de pessoas, inclusive crianças, que correm o risco de morrer se não tiverem tratamento rápido.

Dois terços dos 39,4 milhões de pessoas contaminadas com o vírus da Aids (soropositivos ou doentes) vivem na África Subsaariana, onde a doença causou 2,3 milhões de mortos em 2004, segundo a ONUAids.




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