Economia Titulo Internet
Cresce a confiança no comércio eletrônico
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
22/07/2009 | 07:00
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Comprar pela internet, para muitas pessoas, ainda é um tabu. Para outras, entretanto, é natural inclusive efetuar a compra de eletrodomésticos. O fato é que, segundo o Índice de Confiança do e-consumidor, estudo realizado pela consultoria e-bit em parceria com o Movimento Internet Segura, a aprovação do uso do comércio eletrônico cresceu no primeiro semestre.

Do total de pessoas que utilizaram a internet para fazer compras, 86,11% estão satisfeitas com o serviço. De janeiro a junho foram entrevistados 635 mil usuários.

"Embora o crescimento seja pequeno (cerca de um ponto percentual), é algo uniforme, e não pontual. Temos hoje um processo consolidado. E a estabilidade é um fator muito positivo", justificou Gastão Mattos, consultor da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico.

Desde 2004, de acordo com Mattos, houve crescimento médio anual de 30% na quantidade de novos adeptos às compras pela internet. "Até o final do ano esperamos que haja 17 milhões de consumidores", afirmou. A prática começou a ser disseminada no País desde 1996.

CONFIANÇA - Um dos motivos do crescimento da aprovação da ferramenta, na opinião do consultor, é a confiabilidade do processo de compra. "A barreira existente geralmente é a da primeira compra. Sem contar a praticidade de não haver feriado ou fim de semana e ainda receber o produto em casa", apontou.

A estudante de direito Sylvia Regina Batista fez sua primeira compra online há alguns dias. Ela adquiriu um par de patins infantil que veio acompanhado de joelheira, cotoveleira e capacete. "Efetuei a compra numa quinta-feira à noite e no sábado, ao meio-dia, já estava na minha casa. Achei muito tranquilo."

Sylvia alegou que o preço foi outro fator importante, pois em uma loja física ela havia visto só os patins por R$ 129, sendo que pagou R$ 89 pelo kit. "Na verdade, eu já estava pesquisando. Custava originalmente R$ 229. Assim que entrou em promoção, não hesitei."

O consultor Mattos apenas adverte para que os consumidores não comprem em sites pequenos e desconhecidos. "Prefira lojas tradicionais, que são mais seguras. No site www.internetsegura.org.br existem diversas recomendações interessantes", orientou.

MOBÍLIA - A psicopedagoga Luana Custódio já é adepta do comércio online há três anos. "Comecei por influência do meu marido, que olhava o preço nas lojas e sempre encontrava por menos nos sites", disse.

Luana contou que ela e o marido mobiliaram toda a casa da família no Interior pela internet. "Muitas lojas não entregavam em cidadezinhas menores e distantes, mas os sites, sim. Compramos geladeira, televisão, camas, tudo".

Desde então, ela já consumiu pela internet, aparelho de DVD, notebook, edredom, fronhas, seriados de televisão. "Descobri que existem produtos que são vendidos exclusivamente pelos sites, os quais não existem nas lojas físicas."

Luana citou como vantagens o fato de alguns fretes sequer serem cobrados e de bônus serem acumulados a cada compra.




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