Economia Titulo Comemoração
Senai Volks chega
aos 40 anos
como referência

Fundada em 1973, a escola pioneira segue atraindo jovens interessados em fazer carreira na empresa

Por Leone Farias
do Diário do Grande ABC
29/07/2013 | 07:00
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Andrea Iseki/DGABC


 Pioneira no Brasil, a escola do Senai na Volkswagen em São Bernardo – a primeira dentro de uma fábrica no País – está comemorando 40 anos de existência e segue sendo referência. A seleção para participar de suas aulas, embora se mantenha restrita a familiares de funcionários, é concorrida: são, em média, 400 candidatos para as 30 vagas de aprendiz abertas semestralmente.

A disputa se justifica. A unidade, cujo nome oficial é Centro de Formação Profissional Volkswagen Senai e por onde já passaram mais de 6.000 pessoas desde 1973, é importante porta de entrada para jovens que desejam seguir carreira na companhia. Muitos profissionais de destaque na empresa hoje fizeram o programa de capacitação. Foi o caso do gerente de planejamento de mercado Reginaldo Barossi. Ele se tornou aluno dessa escola aos 14 anos, em 1993. “Sem dúvida foi muito importante, deu uma bagagem grande para eu continuar na vida acadêmica e para entrar no mundo corporativo”, diz ele, que hoje tem 34 anos. Na época, Barossi se interessou em trilhar os passos do pai – que era funcionário da montadora na área de montagem.

Mesmo quem não tem tanta certeza da escolha profissional não se arrepende de fazer o Senai Volkswagen. É o caso de Dauanne de Brito, 17 anos, que há um ano está no centro de formação. “Queria fazer Medicina, mas me dei bem na ferramentaria, e agora estou em dúvida (sobre qual caminho seguir)”, afirma. “Aqui eu desenvolvo muitas habilidades para a vida, e vou sair com dois certificados, de mecânica industrial e mecatrônica”, destaca.

Dauanne não é a única mulher entre os que fazem o curso. Do total de 120 aprendizes hoje (quatro turmas), são ao todo 32 moças. “Houve época em que só tínhamos meninos. A entrada das meninas se deu em 1981”, diz o professor Marco Artur Constantino que também é diretor do centro de formação na Anchieta. Porém, ele ressalta que a chegada das mulheres ocorreu antes mesmo do processo de automação da unidade São Bernardo. “Foi uma conquista delas”, salienta.

SELEÇÃO - Embora a escola seja autorizada pelo Senai, ela é mantida pela Volks e, por isso, o objetivo é escolher pessoas que tenham chance de ser aproveitadas pela montadora. “É similar ao processo seletivo de emprego”, diz o professor. Os jovens passam por testes psicológicos, de capacidade de aprendizagem, de solução de problemas, leitura, matemática, entre outros. “Buscamos os melhores”, acrescenta.

Gerida em parceria com a FEI, a unidade conta com um diferencial: o ensino dual, em que o aluno tem a teoria e a prática, assinala o gerente executivo de educação corporativa da Volkswagen, Raimundo Ramos. “A partir do primeiro semestre, ele é colocado em situações de produção e é acompanhado por professores e mentores”, diz.

Além disso, os quatro melhores alunos recebem prêmios: os dois primeiros vão para a Alemanha fazer estágio de um ano e os outros dois vão estagiar na Argentina.

Braskem amplia área de capacitação

Com o objetivo de capacitar mão de obra técnica especializada para dar apoio à sua estratégia de crescimento, a Braskem, que tem fábricas no Grande ABC, expande para suas unidades dos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro a área de educação industrial. Implementada desde 2012 no Rio Grande do Sul, Bahia e Alagoas, a Braskem investe anualmente R$ 2,1 milhões na formação de operadores e desenvolvimento das equipes operacionais.

O foco é estruturar a estratégia de desenvolvimento técnico especializado, bem como pensar a valorização e atratividade da carreira industrial. Segundo a empresa, o maior desafio é promover a renovação das equipes para as novas gerações e ampliar ações educacionais necessárias aos integrantes da operação, em apoio às lideranças industriais.

Com isso, em 2013 a área contará com a parceria de 45 instituições técnicas em todo Brasil, sendo que Senais, Etecs e institutos federais vão atender São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, a educação industrial também terá iniciativas educacionais para formação continuada dos integrantes. Em março, por exemplo, a Braskem iniciou os trabalhos em São Paulo com o Programa de Formação de Operadores em parceria com Senai-SP, para capacitar jovens em formação técnica e prepará-los no desenvolvimento de carreira na indústria química. 




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