Márcio Bernardes Titulo
Poderoso

O Paulistão começa dia 15 de janeiro e termina em 15 de maio. Por tradição o título ficará provavelmente com um dos quatro grandes.

Especial para o Diário
21/12/2010 | 00:00
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O Paulistão começa dia 15 de janeiro e termina em 15 de maio. Por tradição o título ficará provavelmente com um dos quatro grandes. Apenas uma grande zebra impedirá que isso aconteça.

Independente de quem será o campeão e quais serão as quatro equipes rebaixadas, é possível antever que a maior atração da competição entre os pequenos será o atacante Rivaldo, jogando no Mogi Mirim.

Não é só pelo espetacular retrospecto desse pernambucano, revelado pelo próprio Mogi, consagrado no Palmeiras e reverenciado em todo mundo, depois de passar por vários clubes europeus.

É desnecessário enumerar os títulos conquistados por Rivaldo, peça importantíssima da Seleção Brasileira no Mundial de 2002. Além de melhor jogador do planeta de 1999.

Vamos analisar a decisão de Rivaldo, presidente do Mogi Mirim desde 2008, que resolveu jogar o Paulistão de 2011.

É possível imaginar que os clubes grandes terão muito trabalho quando enfrentarem Rivaldo e seus funcionários, ops... seus companheiros.

Está aí o primeiro grande problema: não será fácil conciliar a vida de presidente e jogador. Imagine se o técnico sacá-lo do jogo e ele não concordar com a substituição?

Claro que Rivaldo em campo não será nem sombra daquele garoto que foi emprestado ao Corinthians em 1993 e logo depois acabou contratado pela Parmalat. A idade pesa no futebol profissional. Mas quem conhece nunca esquece.

Seria bom que Rivaldo conversasse com Juninho. O companheiro da Copa do Japão e da Coréia fez a mesma coisa no ano passado pelo Ituano, clube que o revelou.

Juninho era presidente do Ituano e foi jogador no Paulistão. Como se sabe o clube quase caiu, se safando na última rodada, num jogo empolgante contra a Portuguesa.

Com os mesmos 38 anos de Rivaldo, Juninho brincou com os amigos quando decidiu parar com a experiência. Ele disse que seu coração não aguentaria uma nova temporada. As emoções, altos e baixos, alegrias e tristezas, ele viveu durante toda carreira.

O maior problema é que vai chegando uma hora que você não consegue mais fazer em campo o que a cabeça exige. O corpo, naturalmente, está fatigado e fica limitado.

A frustração acaba sendo maior e a consciência, inadvertidamente, faz uma cobrança que pode explodir o coração.




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