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Chico Pinheiro ganha o mundo
Por Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
21/12/2010 | 07:20
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Divulgação


O cantor e compositor Chico Pinheiro é hoje mais dono do que nunca de sua própria música. Violonista talentosíssimo, Pinheiro tem agora a grande chance de mostrar seus predicados fora da panela artística paulistana, que sempre apreciou seu estilo que transita entre a MPB e o jazz. O momento se concretiza graças à larga distribuição do recém-lançado 'Flor de Fogo', seu quarto álbum, produzido por uma gravadora japonesa e lançado em 35 países (sob o nome 'There's a Storm Inside').

O instrumentista é só alegria. "Faz quatro anos que não sou mais músico side-man, acompanhante. Foi uma sucessão de acontecimentos que me permitiram fazer minha música e estar em um projeto com uma estrutura tão grande como essa", reforça Pinheiro, que fez parte de bandas de Jair Rodrigues e Pedro Mariano depois de se formar na Berklee College of Music, nos Estados Unidos.

O fato de ter sido bancado por um grupo internacional não trouxe pressão extra ao seu já criterioso modo de trabalho. "O mercado está muito mudado. Em grandes gravadoras, que estão morrendo, existe sim uma pressão mercadológica. Mas da parte deles, não. E se houvesse, eu não faria", conta.

A liberdade artística que a gravadora proporcionou não aliviou a natureza perfeccionista de Pinheiro. "Houve sim cobrança da minha parte para fazer um álbum completamente diferente do que já tinha feito", ri o músico.

E ele conseguiu. 'Flor de Fogo' difere dos anteriores não só pelo conteúdo - um deles, 'Nova', é totalmente instrumental. Desta vez, além de trazer composições suas novíssimas, ele conseguiu incluir repertório gringo, que inclui 'Our Love is Here to Stay', de George Gerswhin, e 'As', de Stevie Wonder. O compositor soul por pouco não participou do álbum. "Ele tinha compromissos na Austrália e não deu tempo".

Grandes melodias que de fato conquistaram frescor nas mãos do músico. E, se ele não conseguiu Stevie Wonder, contou com contribuição preciosa do saxofonista Bob Mintzer e das cantoras Dianne Reeves e Luciana Alves. Escolhas dignas de um band leader da velha escola, mas com uma pegada digna de seus 36 anos




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