A Secretaria de Segurança Pública de um lado e a Adpesp (Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo) e o Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo) de outro.

O órgão estadual informou que decidiu realizar concurso para 777 vagas de escrivão e está com dois em andamento, sendo 484 chances para escrivães e 1.053 para investigadores. Além de apostar no retorno, em julho, de 1.349 policiais civis que trabalhavam no Detran e nas Ciretrans para melhorar o atendimento nos distritos policiais, inclusive da região, sufocados nos plantões noturnos e nos fins de semana e feriados, conforme mostrou ontem reportagem do Diário.

As associações de classe questionam e criticam a postura do governo estadual. Não parece uma rixa apenas de entidades. Os policiais civis escolheram seu lado e também criticam o "padrão". As queixas são frequentes, muitos se sentem desvalorizados e buscam oportunidades em outras áreas.

Segundo a presidente da Adpesp, Marilda Pinheiro, no Estado há um deficit de aproximadamente 260 delegados. "A cada 15 dias um delegado abandona a função. Eles vão em busca de salário e melhores condições de trabalho, já que em São Paulo temos o pior salário do País."

Para George Melão, que dirige o sindicato, a corporação está prestes a falir, e cita uma série de motivos - a maioria na parte administrativa. "Faltam perspectiva na carreira e continuidade administrativa. Não existe investimento por parte do governo do Estado na Polícia Civil. O que se faz aqui em São Paulo é apenas remendos", alfinetou.