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Nos pênaltis, Santos bate Palmeiras e vai à final do Paulistão

Após empate sofrido por 2 a 2 no tempo normal,
chute para fora de Prass classificou o Alvinegro

Rodrigo Mozelli
Enviado a Santos
Especial para o Diário
25/04/2016 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Em jogo de emoções, Santos e Palmeiras fizeram ontem a segunda semifinal do Campeonato Paulista – sábado, o Audax bateu o Corinthians nas penalidades. Jogando em seus domínios, a equipe da Baixada Santista derrotou o rival por 3 a 2 nos pênaltis após empate por 2 a 2 no tempo normal. Assim, o Peixe manteve invencibilidade de 25 jogos em casa – são 22 vitórias –, teve vingança pelo vice da Copa do Brasil, chegou à oitava final estadual seguida e faz a decisão contra o Audax nos dois próximos domingos, em locais e horários que serão definidos hoje pela Federação Paulista. Por outro lado, o Verdão só volta a campo em 14 de maio, pelo Brasileirão.

O primeiro tempo foi movimentado, com domínio dos mandantes desde o primeiro segundo de jogo até pouco mais dos 30 minutos. Eram muitas tentativas de cruzamento, sempre paradas por Fernando Prass. O Santos ainda reclamou de pênalti de Vitor Hugo em Gustavo Henrique, pois o palmeirense teria erguido a perna e acertado a cabeça do santista.

O Palmeiras, por sua vez – jogando sem Dudu e Allione, lesionados –, buscava contra-ataques, mas pouco conseguiu fazer. Apenas um chute forte de Roger Guedes após bela jogada. Dos 30 em diante, o Verdão teve a posse de bola, mas não tinha efetividade em seus lances, além de marcar mal o adversário. Aos 39, o time perdeu a bola no ataque, deixando Lucas Lima lançar para o são-bernardense Gabriel, que driblou dois defensores e fez – 1 a 0.

A segunda etapa reservou emoções. Com a torcida empurrando, o Peixe continuou assumindo as ações do jogo contra um Palmeiras que pouco atacava. Aos 28, Gabriel fez novamente, após receber livre na área em belo lance de Zeca. Dali em diante, a torcida – única, por determinação do poder público – começou a gritar “eliminado”. Mas foi cedo demais.

Com as entradas de Rafael Marques e Lucas Barrios nos lugares de Alecsandro e Gabriel Jesus, respectivamente, o Verdão melhorou, sobretudo após a substituição de Gabriel por Alison. Aos 42, a dupla de zaga santista não foi páreo para Rafael Marques, que chutou entre ambos e diminuiu. O gol deu esperança para um e duro golpe para o outro. Um minuto depois, o mesmo palmeirense fez de cabeça após cruzamento, calando a Vila Belmiro.

Nos pênaltis, duas defesas de Vanderlei, uma de Prass e um erro do arqueiro palmeirense garantiram, por 3 a 2, o Peixe na final.

Gabriel e Vanderlei brilham no clássico

Os quatro gols marcados no tempo regulamentar entre Santos e Palmeiras vieram de dois jogadores somente: Gabriel, pelo Peixe, e Rafael Marques, pelos Verdão. Nos pênaltis, porém, o são-bernardense não esteve presente – ele foi substituído e cedeu o brilho do momento ao goleiro Vanderlei, que se consagrou ao pegar duas cobranças. Já o palmeirense perdeu sua batida.

Após a partida, o técnico Dorival Júnior revelou que incentivou Vanderlei antes das cobranças. “Falei para ele: ‘Você vai pegar três pênaltis’”, disse o técnico.

Já Rafael Marques foi um dos cobradores e perdeu o segundo pênalti dele contra o rival. “(O sentimento) É de frustração. Sou um cara que sente muito isso. Sempre faço minha autocrítica e trocaria os dois gols pela classificação à final. Agora, temos que erguer a cabeça, como sempre”, afirmou o jogador.

Cuca perdoou o atacante pelo erro. “O Rafael era o nome do jogo, estava embalado, tem que bater. Infelizmente aconteceu de eles (Rafael e Barrios) errarem, mas foi graças a eles que empatamos e não podemos reclamar.”

Outro vilão foi Fernando Prass, que havia sido herói do título da Copa do Brasil no ano passado. Apesar de ter defendido uma cobrança, ele perdeu o último pênalti do Verdão no duelo.




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