Sem avanços. A reunião entre integrantes do Sindicato dos Professores do ABC e representantes da Anhanguera Educacional, ontem à tarde, na Delegacia Regional do Trabalho de Santo André, nada adiantou para os cerca de 300 professores demitidos neste ano pelo grupo, entre mestres e doutores. A empresa administra a UniABC, Uniban, UniA, Faculdade Anchieta e Faenac.

A proposta de compensação apresentada pela Anhanguera destoa das exigências do sindicato. Foram sugeridas a extensão de três meses do plano de saúde dos funcionários, além do pagamento de mais um mês de salário a todos. "Não houve nenhuma proposta para reverter as demissões. É a única coisa que nos interessa", disse o integrante da Secretaria de Finanças do Sindicato, Aloísio Alves da Silva - ex-presidente da entidade.

Segundo o sindicalista, na reunião, que durou 40 minutos, compareceram apenas o responsável pela área de recursos humanos do grupo e um advogado. A resposta oficial do sindicato será enviada em 23 de janeiro.

Enquanto isso, a entidade prepara para 2012 protestos simultâneos em todas as unidades que tiveram professores demitidos. Além do desligamento de funcionários no Grande ABC, ocorreram demissões na Uniban da Capital e na unidade de Guarulhos.

De acordo com Silva, também é preciso analisar as consequências das demissões para os estudantes e professores que voltarão às atividades em fevereiro. "Elas estão acompanhadas de redução dramática da jornada de trabalho e implicam numa queda absurda da qualidade de ensino para os que ficam", explicou. Com as modificações no quadro de funcionários, a carga horária diária dos alunos reduzirá de quatro para três horas de segunda a quarta-feira. Às quintas e sextas-feiras as aulas são feitas pela internet.

O sindicato prepara, em conjunto com a Federação dos Professores do Estado, relatório com inúmeros questionamentos sobre o plano pedagógico adotado pelo grupo. O documento será analisado pelo Ministério da Educação.