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Hospital S.Caetano tem queixas no Procon
William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
16/12/2008 | 07:02
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A crise financeira que atinge o Hospital São Caetano já provoca reflexos no número de denúncias feitas por usuários no Procon. A informação é do diretor do órgão de defesa do consumidor de São Caetano, Vagner Otávio Barbato, que notou aumento das queixas nos últimos três meses - os dados serão fechados apenas no fim de dezembro.

As principais reclamações contra o hospital dizem respeito ao aumento nos valores de contratos a vencer dos planos próprios, mau atendimento e não-aprovação de ficha cadastral dos clientes. Outra denúncia é referente ao descredenciamento de médicos que atendem no local, o que teria provocado a diminuição no número de especialidades disponíveis para os pacientes. "É algo que preocupa bastante", afirma Barbato.

O não-cumprimento de obrigações com os conveniados pode provocar uma série de penalidades. Multa gradual, suspensão do fornecimento do serviço, suspensão temporária da atividade, revogação da permissão de uso público, cassação da licença, interdição parcial ou total e intervenção administrativa.

Barbato afirma que as reclamações voltaram com força nos últimos meses após um período de calmaria. O São Caetano é o hospital que tem o maior número de queixas no município. "Em 2006, durante outra crise que atingiu o estabelecimento, recebíamos muitas denúncias. Depois diminuiu bastante e agora voltou com tudo."

Para o diretor do Procon, os clientes que possuem convênio podem fazer reclamações em relação à qualidade do serviço, caso se sintam prejudicados. Atrasos excessivos como apontados por pacientes na última semana são passíveis de punições. Já a reclamação de quem busca o atendimento particular no hospital teria menos efeito, por pressupor que a pessoa poderia buscar atendimento em outro local, sem qualquer vínculo.

O São Caetano tem uma dívida estimada entre administradores do meio hospitalar em cerca de R$ 50 milhões. A diretoria, porém, reconhece um valor três vezes menor: R$ 17 milhões.

Atrasos no pagamento de funcionários e médicos têm ocorrido com freqüência nos últimos meses e teriam provocado na última semana a saída da equipe que prestava atendimento no pronto-socorro. A direção não foi localizada para falar sobre as reclamações.




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