Até agora, já foram investidos no eLabSoft cerca de R$ 1 milhão entre instalações, hardware, software e treinamento. O laboratório foi criado com objetivo de acelerar o desenvolvimento de pesquisas de programas nacionais para exportação e inverter a relação exportação/importação de softwares no país. Uma conta que gera, anualmente, um saldo negativo na balança comercial de cerca de US$ 1 bilhão.

Hoje, o Brasil importa dez vezes mais em softwares do que exporta. Um dos coordenadores do eLabSoft, o professor Mauro Spinola alerta que o país corre o risco de ser superado por concorrentes fortes, como a Índia e a China. " Temos um potencial imenso e excelentes softwares. Só precisamos afinar criatividade e competência com novas tecnologias". Para isso, diz Spinola, a interação entre a produção científica das universidades brasileiras e as necessidades do mercado interno pode ser a saída para tirar o país da pré-história em termos de Tecnologia da Informação.

Entre os projetos em andamento, está o ManWapp, um software direcionado a empresas prestadoras de serviços de campo, principalmente nas que atuam em áreas de telecomunicações, energia elétrica e TV por assinatura. Spinola explica que, "devido à informatização e integração tecnológica, a implantação permite o controle, acompanhamento e rastreamento do status do serviço prestado ao cliente. Isto substitui o processo manual utilizado até então pelas empresas, garantindo mais precisão das informações em tempo real".

O programa também permite o acesso em trânsito, por meio de unidades móveis de computação, como palmtops e notebooks. Considerado um avanço no monitoramento de serviços, o ManWapp já conta com parceiros importantes, como a Microsoft, a Intel, a Rational e a Impactools.