Política Titulo Mobilidade
União evita prazo para liberar recursos à Linha 18

Em reunião na Câmara dos Deputados, Kassab não
detalhou motivos de atraso na transferência federal

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
28/08/2015 | 07:00
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Montagem/DGABC


O governo de Dilma Rousseff (PT) evitou cravar prazo para liberação de empréstimo para o governo do Estado iniciar a construção da Linha 18-Bronze (Djalma Dutra-Tamanduateí), que ligará o Grande ABC à rede metroviária da Capital. Ontem, o ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD), esteve na comissão geral da Câmara dos Deputados e não estipulou cronograma para que a obra – assinada oficialmente há um ano – saia do papel.

A respeito especificamente sobre a Linha 18-Bronze, Kassab afirmou que em setembro participará de audiência na comissão de Transportes do Congresso e vai explicar os motivos pelos quais a União ainda não autorizou a gestão de Geraldo Alckmin (PSDB) captar recursos para iniciar pelo menos as desapropriações.

“A ordem de serviço foi autorizada há um ano e precisamos de olhar diferenciado sobre a Linha 18. A liberação do empréstimo para desapropriações pelo menos adiantaria os trabalhos. Pedi empenho ao ministro porque a Linha 18 vai ajudar muito no desenvolvimento econômico e social da nossa região”, comentou o deputado federal Alex Manente (PPS), que levantou o tema durante a comissão geral da Câmara.

Em maio, o Diário noticiou que o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) havia sinalizado que não iria liberar empréstimo acertado no ano passado de R$ 1,276 bilhão para impulsionar a construção da Linha 18-Bronze e havia retirado as garantias de transferência de R$ 400 milhões, via PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), dinheiro de fundo perdido do governo federal.

O contrato prevê repartição do dinheiro investido para a Linha 18: R$ 1,276 bilhão do governo estadual (essa verba solicitada por empréstimo ao BNDES), R$ 400 milhões do OGU (Orçamento Geral da União) – inclusos no PAC – e R$ 1,861 bilhão da iniciativa privada (bancado pelo Consórcio ABC Integrado). Outros R$ 406 milhões previstos para desapropriações ficarão a cargo da gestão Alckmin.

Presidente da comissão de Transportes da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Orlando Morando (PSDB) afirmou que “o único culpado pelo atraso da Linha 18 é o governo federal”. “É a maior decepção do Grande ABC com o governo que aí está (de Dilma Rousseff). Os R$ 400 milhões de fundo perdido seriam os primeiros centavos deste molde para o Estado de São Paulo e tudo foi negado. Deram calote e não informaram a população, que sofreu estelionato eleitoral do governo do PT. O governo se esconde em mentiras e a Linha 18 não é iniciada justamente por culpa do PT.” 




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