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Com Oswaldo, Orçamento de Mauá quase dobra
Mark Ribeiro
do Diário do Grande ABC
20/11/2012 | 07:00
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O prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), deixará o comando do Paço em 31 de dezembro com uma marca expressiva. No seu terceiro e atual governo, o Orçamento da cidade quase dobrou. No entanto, o esforço em recuperar o poder de investimento do Executivo não garantiu o esperado salto no desenvolvimento do município.

Quando reassumiu a Prefeitura, em 2009, o petista teve R$ 411,9 milhões para executar. O valor foi deixado pelo seu antecessor, Leonel Damo (PMDB). Agora, projeta que o Orçamento de Mauá para 2013, primeiro ano de mandato de Donisete Braga (PT), será de R$ 794,2 milhões, elevação de 92,8%.

A estimativa foi finalizada em setembro e aguarda aprovação da Câmara. A expectativa é a de que os vereadores comecem a discutir o Orçamento na sessão de amanhã. A plenária, que tradicionalmente ocorre às terças-feiras, foi adiada em virtude do feriado de hoje. O Legislativo não deverá efetuar alterações significativas na peça, já que o prefeito ostenta maioria confortável na Casa: 13 dos 17 parlamentares integram a base de sustentação.

Paradoxo - Apesar de o Orçamento crescer gradativamente durante o mandato de Oswaldo, o chefe do Executivo e sua equipe não conseguiram fazer com que a evolução das finanças refletisse em grandes avanços na cidade. Sempre que pôde, o petista reclamou da dívida do Paço, segundo ele, a culpada por frear o desenvolvimento - o débito é de aproximadamente R$ 1,5 bilhão.

De fato, Oswaldo conduziu governo que construiu cinco escolas e encontrou na União parceira importante para financiar obras, como as três UPAs (Unidades de Pronto-Atendimento 24 horas) e a urbanização do Jardim Oratório. Poucos destaques que fizeram da administração mal avaliada pela população. Pesquisa feita pelo Diário em outubro mostrou que 47,6% desaprovam o governo - somente 20,3% aprovam.

Em baixa com o eleitorado, o chefe do Executivo foi impedido pelo próprio partido de disputar a reeleição. Percebendo a iminente derrota, o PT trocou a candidatura de Oswaldo pela de Donisete a poucas semanas do início da campanha.

Explicação - A retomada dos convênios com o governo federal é considerada por Oswaldo Dias como o principal fator de impulso do Orçamento. Na peça, transferências de capital somam R$ 139,9 milhões. O valor está inserido nos R$ 183,2 milhões que Donisete Braga terá para investimentos a partir de janeiro.

"O resto é a evolução natural da economia", pondera o prefeito. Programas de parcelamento de dívidas dos contribuintes, segundo Oswaldo, não causam impacto significativo no total arrecadado. "Atingem no máximo R$ 40 milhões."




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