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Elite paulista mede força na Vila Belmiro pela liderança
Por Kati Dias
Do Diário do Grande ABC
10/03/2007 | 21:36
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Final antecipada. Embora São Paulo e Santos rejeitem o rótulo, o clássico que acontece neste domingo, às 16h (Globo e Bandeirantes transmitem), na Vila Belmiro, possui inúmeras particularidades que o transformam no duelo mais aguardado do Campeonato Paulista. Os melhores se enfrentam neste domingo na disputa direta pela liderança. O Peixe está à frente na tabela com 31 pontos há nove rodadas consecutivas. Caso vença, abrirá quatro pontos sobre o Tricolor, com 30. A derrota seria muito dolorosa para o São Paulo, não só por ficar mais distante da liderança, mas o time também veria o fim da série de 27 jogos sem derrotas que começou em setembro do ano passado.

Até porque o próprio Santos foi o responsável pela quebra da maior invencibilidade do clube, estabelecida entre 10 de novembro e 7 de agosto de 1975: foram 47 partidas sem perder. Muricy Ramalho fazia parte daquela equipe, mas nem quer ouvir falar da coincidência. Tem horror a dados históricos.

Crendenciais não faltam para transformar este jogo no mais esperado de todo o Paulistão. São Paulo e Santos são os últimos campeões estaduais e querem faturar mais uma taça para incentivar a luta pelo título da Copa Libertadores. O Tricolor já obteve o caneco por três vezes. O Peixe possui dois troféus, mas foram conquistados na época de Pelé.

Apesar de toda a mística que envolve este jogo, Muricy Ramalho, pelo São Paulo, e Vanderlei Luxemburgo, pelo Santos, tentam transformar o espetáculo em uma partida comum. “Perder ou ganhar é normal nos clássicos. No ano passado (no Brasileiro), ganhamos do São Paulo no Morumbi (4 a 0) e perdemos dele na Vila Belmiro (1 a 0)”, lembrou Luxemburgo. “O clima não é de final, é de clássico, que é importante, fica na história, mas que vale os mesmos três pontos”, analisou Muricy.

Por reunir aqueles que são considerados os melhores times do futebol paulista, o clássico deve ser equilibrado, decidido nos detalhes. Neste ponto, o São Paulo pode sair em desvantagem. Muricy não deve contar com André Dias, que sente lesão na coxa esquerda. Sem o zagueiro, pode mudar até o esquema tático do time, optando pelo 4-4-2.

Surpresas fazem parte de clássicos. Luxemburgo, que poupou quase todo o time titular na semana, terá uma equipe descansada. O meia Zé Roberto, com o fôlego em dia, dará trabalho.E se ainda falta motivo para outros torcedores assistirem ao clássico, este é incontestável: estarão em campo os únicos jogadores que atuam no Brasil convocados por Dunga. Josué, Ilsinho e Kléber jogarão contra Chile e Gana, dias 24 e 27, na Suécia. Prova incontestável de que Santos e São Paulo também fazem um clássico de estrelas.



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