Política Titulo Pré-campanha
Atores da derrota de Reali, ex-secretários voltam a orbitar no PT de Diadema

Protagonistas da derrocada histórica do petismo ficam em postos estratégicos no projeto de Filippi

Por Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
09/03/2020 | 00:01
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Figuras que integravam o núcleo duro do governo do ex-prefeito Mário Reali, último petista a governar Diadema (2009-2012), e que protagonizaram a derrocada histórica do partido decidiram voltar à terra que se distanciaram nos últimos oito anos para orbitar na pré-campanha de José de Filippi Júnior (PT), pré-candidato da legenda ao Paço.

Muitos desses atores políticos, inclusive, se afastaram do PT diademense desde que Reali perdeu para o hoje prefeito Lauro Michels (PV), mas diante de cenário favorável para o retorno do PT ao poder no município passaram a assumir postos estratégicos na pré-campanha. Alguns deles, inclusive, integram grupos de formulação de diversas áreas do futuro plano de governo de Filippi, que administrou a cidade por três ocasiões (1993-1996, 2001-2004 e 2005-2008).

Nomes como Arquimedes Andrade (ex-secretário de Defesa Social), Antônio Vanderly Lima (ex-Esportes), Luiz Carlos Theófilo (ex-Obras), Osvaldo Misso (ex-Governo), e os ex-diretores das extintas Saned (Companhia de Saneamento de Diadema), Neuceli Bonafé Boccatto, e ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema), José Jacinto de Oliveira são algumas das figuras que voltaram a dar as caras no PT diademense. O Diário apurou que o fato tem incomodado alguns dos petistas e até militantes da base do partido, que reclamam reservadamente da falta de oxigenação na sigla e da presença de forasteiros nas discussões sobre as propostas para a cidade. Osvaldo Misso e Theófilo, por exemplo, foram assumir cargos em outros municípios – o último foi secretário de Obras em Mauá, no governo do ex-prefeito Donisete Braga (ex-PT, hoje PDT), entre 2013 e 2016.

LISTA NEGRA
Em novembro de 2012, menos de um mês após a derrota de Reali, o Diário mostrou bastidores do revés do petista nas urnas e o apelo de Filippi, meses antes, para que seu pupilo mexesse no primeiro escalão caso quisesse ser reeleito. Curiosamente, Arquimedes e Vanderly figuravam a lista negra de Filippi, então deputado federal. Porém, o então prefeito decidiu mantê-los no cargo, embora reclamasse de salto alto da própria equipe de governo no segundo mês de campanha. Quando percebeu a ausência de aliados na rua, Reali decidiu se licenciar da cadeira para intensificar o corpo a corpo, mas foi em vão – foi derrotado no segundo turno por Lauro. 




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