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Militares tomam o poder em Guiné-Bissau
Por Da AFP
14/09/2003 | 10:16
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Os militares voltaram a tomar o poder neste domingo em Guiné-Bissau, pequeno país africano de colonização portuguesa, afirmando que pretendem formar um governo de transição com todas as correntes políticas do país.

A "dissolução" do governo foi anunciada às 8h na rádio privada Bomolong pelo comandante Zamora Induta, que era porta-voz da junta militar que dirigiu o país em 1999, depois que o presidente João Bernardo Vieira foi derrubado e antes da eleição de Kumba Yala em janeiro de 2000.

A partir de Lisboa, a agência de notícias Lusa afirmou, citando fontes militares, que o presidente Kumba Yala e o primeiro-ministro Mario Pires, que estava no sul do país, foram presos.

Em um comunicado lido na rádio, o comandante Induta justificou o golpe pela falta de capacidade do governo de resolver os problemas urgentes do povo. Também recriminou o primeiro-ministro por suas "declarações de guerra". Pires foi acusado ainda de não pagar salários atrasados, situação que teria provocado convulsão social e sucessivas greves no país.

O toque de recolher foi imposto em todo o território, acrescentou o comandante, que convocou a população a permanecer tranqüila até que se esclareça a situação.

Na capital Bissau, a calma reinava. Nenhum disparo foi ouvido durante este golpe que acontece a menos de um mês das eleições legislativas, adiadas quatro vezes e marcadas da última para o próximo dia 12.

Na sexta-feira, a Comissão Nacional Eleitoral disse aos representantes dos partidos políticos que "tecnicamente não era capaz de organizar as eleições de 12 de outubro, como tinha sido anunciado inicialmente".




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