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Lula recebe sugestões sobre reforma tributária nesta 2ª
Da Agência Brasil
30/03/2003 | 12:52
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O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social encerra, amanhã, as discussões sobre as diretrizes da reforma tributária que serão encaminhadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As propostas dos 82 membros do CDES serão utilizadas pelo governo para elaborar o texto de alteração constitucional no campo fiscal.

A realização da reforma tributária foi um dos compromissos do presidente Lula durante a campanha à presidência, juntamente com as reformas trabalhista, política, agrária e da Previdência Social.

Um dos pontos principais de consenso no Conselho sobre a reforma tributária é a unificação dos Impostos Sobre Mercadorias e Serviços (ICMS), medida que já foi acertada com os governadores dos 26 Estados e do Distrito Federal, em fevereiro deste ano.

Atualmente, o Brasil conta com leis estaduais diferenciadas para a cobrança do ICMS, o que, na avaliação do governo, onera a produção e tem como um dos resultados nocivos a chamada "guerra fiscal". O ministro da Fazenda, Antônio Pallocci informou, durante audiência no Senado Federal, que a intenção do governo é fazer com que o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) elabore a legislação única e, no máximo, cinco alíquotas, para substituir as 44 hoje existentes. O ICMS é responsável pela arrecadação de R$ 102 bilhões anuais.

O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social aprovou, em sua última reunião, a manutenção da cobrança da CPMF com redução progressiva da sua alíquota. O objetivo dos conselheiros é tornar a contribuição um instrumento para fiscalizar a sonegação fiscal. Hoje, a CPMF é responsável pela arrecadação de R$ 20 bilhões aos cofres públicos. Além da CPMF, os conselheiros referendaram os pontos acertados entre o presidente Lula e os governadores na reunião em Brasília. Os pontos principais da Carta de Brasília defendiam a unificação do ICMS e a mudança nas regras da contribuição patronal. Atualmente, ela incide sobre a folha de pagamento das empresas e o governo pretende fazer com que a contribuição seja cobrada sobre o faturamento.

A conclusão dos debates sobre as alterações de teor constitucional será feita amanhã (31), durante reunião extraordinária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, no Salão Oval do Palácio do Planalto. O presidente Lula e o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, participam da reunião. Durante o encontro, será redigido o “Manifesto pela Paz”, documento assinado por todos os membros do Conselho que pedirá o fim dos conflitos no Iraque. A reunião está marcada para as 15 horas.




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