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Santo André vai ganhar 57 radares
Por Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
09/07/2005 | 09:23
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Santo André vai ganhar 57 novos radares. Ainda não há prazo para o início da operação de todos os equipamentos e a Prefeitura não revela a localização deles. Com a medida, anunciada no início do ano pela secretária de Serviços Urbanos Miriam Móis Blóis e tratada sob sigilo nos últimos meses, a cidade quase triplica o número de equipamentos fotográficos em suas vias, que passam dos atuais 33 para 90.

A maioria dos novos radares será instalada principalmente em cruzamentos, para evitar a passagem de sinal vermelho. Nessa categoria, serão 20 equipamentos simples e seis que, além do avanço, vão monitorar excessos de velocidade. A lista prevê ainda três radares estáticos, conhecidos como móveis; 15 fixos de limite de velocidade; dez balizas para multar invasões de carros de passeio em corredores exclusivos para ônibus; e três lombadas eletrônicas.

Nesta sexta-feira, durante a apresentação do projeto, a secretária Miriam revelou apenas a localização de um dos 57 equipamentos – uma lombada eletrônica que passará a operar dentro de 15 dias na altura do número 350 da avenida Alfredo Maluf e estabelecerá o limite de 40 km/h na via. A fiscalização eletrônica por lá era um pedido antigo de moradores, afirma a secretária Miriam Blóis. Segundo ela, o equipamento deverá evitar atropelamentos.

Segundo Miriam, ainda são alvo de análises os outros 56 endereços que receberão os novos radares. "Temos de fazer um estudo geoestatísco, que leva em consideração, principalmente, o número de acidentes no local", explica. O levantamento deve durar cerca de 90 dias. "Mesmo assim, ainda não sabemos se todos os novos radares serão instalados nesse período", afirma Miriam Blóis.

Enquanto isso, outros radares que tinham sido retirados da cidade começam a ser reinstalados. Foi o caso, nesta sexta, do radar de avanço de semáforo do cruzamento da avenida Prestes Maia com a rua das Figueiras, no bairro Jardim. A lista inclui ainda a esquina da rua Oratório com avenida das Nações, no Parque Novo Oratório; e das ruas Siqueira Campos e Xavier de Toledo, no Centro de Santo André. Todos tinham sido desligados em março.

O motivo foi o vencimento do contrato entre a Prefeitura e a empresa que os administrava. Durante a crise, que durou quase quatro meses, pelo menos 14 radares da cidade deixaram de aplicar multas – o número exato não foi revelado pela administração. Só permaneceram em funcionamento aqueles que eram da Prefeitura, entre os quais um dos cinco estáticos e cinco dos 15 fixos para controlar avanço de velocidade.

A crise foi equacionada apenas em 11 de junho, quando a Prefeitura assinou a nota de serviço para a Consladel, empresa que venceu a licitação para cuidar dos novos radares. O novo contrato adapta Santo André às regras estabelecidas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado), que exige que o município alugue o equipamento da empresa e não condicione o pagamento da empresa ao número de multas aplicadas.

Quando os radares foram instalados na cidade, em 1997, as multas aplicadas geraram uma receita de R$ 25 milhões, dos quais R$ 5 milhões ficaram nas mãos da iniciativa privada. Com o novo contrato, a Prefeitura pagará no máximo R$ 500 mil por mês com a locação dos 90 radares que funcionarão na cidade.




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