“Há ainda alguns detalhes a serem concluídos, mas nossa intenção é abandonar todos os assentamentos - disse Sharon à Rádio do Exército em referência aos 21 encraves na Faixa de Gaza. Anteriormente o primeiro-ministro havia dito que Israel retiraria 17 deles.

A medida causou atrito, no domingo, entre Ariel Sharon e ministros ‘linha-dura’. O plano, segundo fontes israelenses, seria apresentado ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, no próximo dia 14, logo depois do feriado da Páscoa judaica, para quando os líderes têm uma reunião agendada.

Os ministros da Habitação, Effie Eitam, e do Turismo, Benjamin Elon, criticaram Sharon durante a reunião semanal do gabinete por levar o plano a Washington antes de apresentá-lo a seus ministros.

Elon e Eitam pertencem a partidos que defendem os assentamentos judeus. Em resposta, Sharon disse que "quem se sente mal sobre isso (desocupação) pode se levantar e ir embora".

Promessa - Também nesta segunda-feira, Sharon reiterou que “abandonou” promessa pessoal feita ao presidente dos EUA, George W. Bush, de não atacar o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Yasser Arafat.

Em uma série de entrevistas à imprensa, na semana passada, Sharon declarou que "quem quer que mate judeu ou ordene o assassinato de judeus e cidadãos israelenses, é um homem marcado".

Sharon reconheceu que havia prometido a Bush não atacar Arafat fisicamente. Mas ele ressaltou que "aconteceram mudanças desde então", incluindo a decisão dos EUA adotarem a recusa de Israel em negociar com Arafat.