Dezesseis policiais militares do Rio foram presos nesta quinta-feira após quase três meses de gravação de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça. Segundo Magalhães, os policiais protegiam os traficantes, vendiam armas apreendidas em vários morros do Estado e drogas.

Em um dos trechos gravados e divulgado nesta quinta pelo Jornal Nacional, um PM aparece cobrando 'arrego' (propina) de traficantes para garantir o respaldo de policiais em ações oficiais de segurança do Estado nas favelas. Em outro, há uma oferta de venda de grande quantidade de cocaína. Em todos os diálogos gravados, tanto os PMs como os traficantes usavam apelidos. Onze traficantes também foram identificados — entre eles o chefe da quadrilha do morro da Vila Ipiranga, Anderson de Oliveira de Santana — mas nenhum preso.

Segundo o delegado, alguns policiais denunciados pelas gravações podem não ter envolvimento com os criminosos; apenas cinco são de fato culpados. Esses policiais já foram ouvidos e, de acordo com Magalhães, a polícia está acreditando na versão de dois deles.

Em entrevista ao RJ TV, o comandante do 12º BPM, Marcílio Faria da Costa, revelou que, no momento em que foi dada voz de prisão aos policiais, alguns reagiram com surpresa, mas outros se mostraram indiferentes.